Eu falo com medo de dizer o mais, se digo com a cantiga é quando me dói mais, porque escondido aqui dentro tudo fica desperto, e eu espero um dia recuar.
Preciso dizer-te, como jamais diria, e se pudesse, que menti em arbustos, me escondi por lá, travei minhas batalhas, no escuro das folhas, que me permitiam pensar.
Eu preciso lhe contar, que falei alto e em bom som, que teu peito morresse falho, e que fosse a minha espada viva, cortando a tua alma.
Mas era tudo mentira, que dizer era o bastante, mentir para si mesmo, mentir em vão.
Penso que usamos de todos os artifícios para produzir algo maior. e que dessas fases, dessas ferramentas a vida partirá e existirá futuramente. o fragmento será reabilitado, retornando a perfeição. se é que perdidos, achando soluções aos poucos.
todas as palavras serão parecidas, e a voz substituída. você poderá tocar a si mesmo, e da pele amarga nada lhe dirá. sua vida será agora a extensão de tudo, e externa migrará para fontes.
as habilidades juntas, tanto conhecimento convergido. e serão maiores aqueles que puderem prever, todas as dimensões do inexistente, inapto agora.
poderemos recobrar nossas lembranças, viver nos diminutos, saber do irreal a atroz, como se soubéssemos de toda fragilidade.
recursos, maleaveis e persistentes. encontre seu destino em mundos, afunde nas suas convicções, permita subir as margens se preciso, contudo, resista a sua alma viva. contemple seu santuário, respeite seus limites.