Mais uma vez ele chega e rapidamente vai embora.
Seus olhos já não mas brilham como antigamente
quando enxergava-se um ser humano neles. Agora, são opacos e em
sua face não mais demonstra sentimento algum.
As vezes, percebo sua inquietude. Vai de um lado
ao outro da casa, rastejando pelos cantos
sempre à procura de algo para destruir.
Nunca está satisfeito, a não ser que se consiga
lhe proporcionar a mais enriquecedora das alegrias, o êxtase
da sua alma, que só e somente só se demonstra através
de cenas onde ele é o vencedor, o venerado e simplesmente
a figura de um marajá descrito em um mero homem.
Lhe pergunta se é feliz e sem mais nem menos fala
sobre suas conquistas na vida, não lhe diz quem é e
muito menos pelo que passou em sua vida. Já se perdeu
sobre seu palco psiquico.
Só o que lhe importa é o que conquistou, seu lar, suas posses e quem
sabe a posse sobre as pessoas que conseguiu controlar.
Vislumbra um mundo que não existe, onde como sempre venerado
jamais busca nos olhos dos outros a rejeição e por mais
orgulhoso que seja, ainda deseja que aqueles mesmos olhos
brilhem com sua presença.
Seria pretensão demais ? Não para ele, afinal era ele
o dono de toda e qualquer situação.
Não há idéias contraditórias nem vinculos afetivos
existe e persiste apenas a lei daquele que é mais forte
mais ofensivo e demasiadamente frio.
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