Está escuro
aqui fora
e quem sabe,
aqui dentro também?
Já não se enxerga
quando se olha dentre
os dedos.
Só a silhueta lhe sobra, mera ilusão.
A pupila dilata, infame
para o nada e adentro
à escuridão e ao medo.
Companheiro incessante.
Passos lentos cheios de receio
tomam o chão da casa
que estava em silêncio
antes de balbuciar palavras pelos cantos.
Tentar enxergar não lhe é
mais necessário, quando
a escuridão que lhe assola
se perpetua no exterior.
Vá, corra.
É hora de fugir de seus temores
enxergar a luz que caminha ao
teu lado, e você tolo, não enxerga.
Vá, e espante teus temores
suas dúvidas e siga
para onde você nunca foi
não tenha medo.
Já que tiveste a escuridão
e dela vieste, não sinta
medo do claro mas
acredite que dele será renovado.
Pois se escuro é apenas
a ausência da luz, preste
anteção e veja que ausente
és tu sem luz.
E se escuro és, por dentro
e por fora deixe que a luz
possa exclamar sua imensidão
e radiar sua magestral presença.
Deixe a luz agir, e a escuridão
retornar a sua tola e
insignificante forma.
Reduzida a mera insuficiencia de outro elemento.
Deixe a luz, ser você.
Vá, corra e veja que ausente
já não és mais.
Se souberes ser luz e de luz, sobreviver.
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