Assim que o recorte de minha alma decidiu passear pelos terrenos baldios de meu viver, restou-me morbidez, injúria de um enganador fugaz,talvez o santificar de meu esquecimento.O ardor disse-me mais alto,de rancor cortou-me o livre arbítrio, se sou de tanta condição avessa, qual o restante de minha luz?Luz alguma. Reflexo nenhum, pedaço de ninguém... Assim que meus sonhos despertam, pude perceber a valência de minha condição. Meus olhos enxergam nos céus a palidez da vida,pois minhas mãos tocam o retorcer de minha juventude...Os portões de minha felicidade, as portas de minha tristeza...
E que todos os portões apodreçam trancados,e todas as cordas apontem ao fundo do poço,pois todas declinam sinuosas ao esquecimento..e se seguram na altura de seus sonhos, astutas.
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