Me furta as forças,
como abres minha casa aos domingos,
e rouba todos os meus tesouros.
Furtando cada encher dos pulmões,
minha antiga caixinha de música,
meus dez anos de tanto quanto.
Meus escritos mais queridos,
dos mais longos e restritos,
dos mais singelos e amados.
Me leva tudo que produzo,
reduzo a face de minha normalidade estática.
Sou só descanso do cansado que é viver.
E se por acaso se despede,
é com o acabar de todos meus pertences,
destruídos ao chão de minha varanda.
Dando adeus a tudo que me embala,
dando até logo a próxima investida.
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