quarta-feira, agosto 15

Triste fim.








Ao olhar ao redor, é exatamente o que sinto. Nunca vi, nem nunca notei o quanto sou solitária apesar de tudo e todos que me rodeiam. É como se vagasse por um bosque no inverno, os galhos estão rangendo por causa do vento, as flores e os frutos apesar de por um breve momento aparecerem, se recolhem por uma determinada época.
As àrvores não são tão grandes quanto meus temores, o frio já não lhe toma a alma quanto lhe estremece o corpo. E apesar de andar sozinha sobre essa trilha de lamentações, percebo o quanto busco no imprevisível aquilo que me assegure. Os riscos, são como meus pensamentos, por vezes se alongam até o céu mas por
breves momentos se recolhem a sua insignificancia. Os galhos se confundem, como meus pensamentos a vagar por ai, já não sei se o inverno se instalou em meu coração
ou se estou com tanto frio, que já não penso direito.
Já percorri este caminho, pois nele busco respostas, e ao final vejo que por longos
que sejam os caminhos, será triste o fim, daqueles que não tem motivos para percorrer
a estrada e reerguer-se.



Imagem: Lane of polar trees - Vincent Van Gogh

"Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro se tornar cinzas? "

Nietzsche - Assim falou Zaratustra

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