sexta-feira, fevereiro 6

Passagem

Toda vez, estranha
como irei explicar?
Não sou quando estou,
e sou quando não resido.
Eu minto.

Há uma antiga canção
que canto incessante
e não se esvai.
Como posso contar?
É mais que um arranjo sutil.

Eu vejo e te vejo,
recuo desesperado
assunto comedido,
Como posso falar?
É tudo que posso,
mas não é tudo que tenho.

Sugiro que andemos,
assim não doerá,
e a passagem do tempo..
vai se mostrar.

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