sexta-feira, maio 15

Pato, Marreco, Ganso e Cisne.


Cisne negro de papo vermelho,
papo algum tem o cisne. Cisne não dá papo.
Tão solitário quanto o longo
tear de seu pescoço, quase ilusório.
O homem não enxerga a vida dos Cisnes em suas vestes,
seus longos pescoços, sua esguia forma.


Pato branco mergulha no lago,
bico amarelo, mergulho raso.
Não alcança os peixinhos.
Penas alvas, impermeáveis.
Patos são engraçados, inquietos
desajeitados,donos de si.
Patos são lindos, impermeavelmente lindos.


Marreco, Marreco.
Pequenino do lago amigo.
Marrom de listras brancas,
suave marrom de amendoa.
Napoleônicos.Bico pequeno,
sonho azul.Marrecos são pequenos sonhos
em penugens desconhecidas.
Nadam em si mesmos, singelos e distantes.


Gansos, só na expressão assim entendi.
Reproduzem-se no submergir.
Antes desconhecido a olho nu,
Pois do bico deles nada me entende.
Não falo a língua dos Gansos,
enormes aves de protuberâncias nasais.

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