Em meus tempos de ser ninguém,
sou a fortaleza de minha mentira,
ruptura de minhas verdades,
a intolerância de minhas palavras,
sou o verter da falta aguda,
o fim de meu conhecimento.
sou o reluzir de uma jóia antiga,
a escassez de minhas felicitações,
o embromar de minhas atitudes,
a esfera de minha solidão.
Em meus tempos de ser ninguém,
um alguém desperto de ambiguidade,
da vera que é residir em Saturno,
dos cortes que são protegidos por belezas frágeis.
Nada aplica a juventude,
a sabedoria de palpear um doce,
não engole nem transcorre ao sumo,
dedicando, pontilhando, esperando...
em tempos de ser ninguém,
só ouço minha permanente brevidade.
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