segunda-feira, agosto 24

Nota arraigada de descontentamento

O que estou perdendo.



Hoje estava lendo sobre dois expoentes brasileiros da comunicação. Talvez possa chama-los assim porque souberam utilizar de suas habilidades, de um momento propício e de uma cara de pau estonteante. Por quê? Pergunto incessantemente. Nessa era de tanta informação e com uma maior facilidade de chegar ao conhecimento, porque não existem praticas e endossos ao mesmo?
Poderia dizer que o caminho onde se trilha a profissão e o reconhecimento é árduo, mas, poderia dizer também que simplesmente nos falta disciplina. Ser disciplinado é compreender as arduras de se ter paciência, de produzir pensamento baseado em experimento, de se experimentar usando do mundo.
Ser jovem as vezes é produzir instantâneidade, tudo sou e de tudo apareço. Aparento? Não digo que acho e nem dispenso o que pensam. Só me produzo as vezes num descontentamento imenso, queria dessa instantâneidade me cobrir de novidades. Ser, estar e reconhecer. Mas quê? As portas estão todas abertas, qual delas adentrar? Me perco numa gama de novidades incríveis, e a maior delas é que o mundo só ama quem ama todo mundo.
Até que ponto se pode esperar para brilhar? Ou descobrir que brilhar é necessário a vida, que produzir é construtivo, viver e sonhar é um balbuciar de novas tendências. No sonho me pratico como bem sou, e se sou aqui fora onde me pratico, porque não transpor meus sonhos?
Perder tempo no afável, no medíocre. Quanta coisa jogada fora, quanto tempo desperdiçado. Meu mundo se perdeu na comodidade de minha cara. E a cerca de minhas vísceras me faço em plena insatisfação. Reclamante do provável, formadora de atividade alguma. Que pulso pulsa se o sangue não corre? O caminho da vida se estende nas linhas do corpo, fluindo na magnitude de seu coração. Meu coração quer derramar em meus dias todas essas vontades. Descobrir a vantagem de existir nos planos de hoje, e retomar toda a função de uma outra vida. Que chama.