Ouvir-te é passar por cima de tudo,
sem saber se os pés estão descalços
e o chão coberto de vidro.
Mas senti-lo é cobrar-me a precisão,
daquilo que só se sente na alma,
só se vive sem os pés no chão.
E como o corpo move por palavras,
e as palavras entram na mente, é tudo
como se fosse ontem, é tudo como se fosse da gente.
Quem pode ouvir sem sequer gostar,
é imune e toda e qualquer perfeição,
pois a batida que de lá me chama, esquece dimensão.
E eu me perco nessa batida imensa,
me perco nesse envolver da alma,
pois só me sobra aproveitar o que há da vida,
só me resta... aproveitar o que há de melhor dela.
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