domingo, julho 26

Por mim, de um outro olhar.

As vezes deponho sobre seus dias, digo a todos sobre suas sombras amarelas e seus belos ombros, a perder de vista. Digo sobre teus cabelos castanhos, seus olhos de mesmice e amor perdido, suas mãos tão sadias de movimento. Contando sobre teus lamentos, a bondade de suas induções, a claridade de seus sentimentos e a confusão de suas ações. Menina dos dias de saturno, jamais sabes o que fazer, verdade? Te digo que és a mais verdadeira e a mais mentirosa de suas proporções, a linda concepção de uma vida melhor e a plena desilusão dos mesmos olhos amadores.
Amas um dia que concebes, pequena. Retribui ao mundo quem tem a oferecer, e seus sorrisos planejam alimentar vidas. Tuas alegrias, permeiam dias melhores.. e tuas dores, choram sozinhas em azulejos. Não desmereça a flor que permanece em tua alma, cultive o mundo que o mundo lhe oferece. Persista na idade que tua face condena, aceite o ventre que teu corpo lhe condiz. Não use de boa fé para boa fé, repita o amor dos corações em outros corações. Não desista, pois a mão de Deus busca a sua em movimento. Permaneça onde seu coração convida, mas pondere onde ele lhe diz de ir embora. Não permita a condução de tragédias óbvias, sejas firme, sejas forte. Até que as vontades de más conduções se acalmem, respire e trace suas vontades em um papel. Conduza uma linha de teu pensamento, reserve espaço para a vida alheia. Pereça onde tuas verdades não são justas, a verdade permanece onde os corações exprimem concepção. Mas os corações são errantes querida, eles são cegos de tanto querer.
Não reprima tua alma, ela transparece onde as horas não dizem qualidades. Permita que exista tua vida, deixe que ela floresça no jardim do tempo, conserve os bons sentimentos e conserve a aprendizagem. A dor doída não voltará, mas a lembrança permanece. E o único prazer de se fazer mal é a certeza de destruição. Destruindo a si mesmo.
Alento onde alento existe, na paz onde seu coração conversa com as raízes do mundo. Onde teus palpites conservam a tranquilidade e a perseverança cresce da paciência e parcimônia. Não condenes tuas erronias insatisfações, teu momento é o momento predestinado. Os cânticos da vida permanecem onde as vozes podem alcançar, e a voz é um instrumento que necessita de preparo, como a tua mente. Jamais ascenda um candelabro sem fogo amigo, não queira um jardim se não há água em tuas vias. Prece a cada dádiva do mundo, resignação a cada momento de inquietude. Desespero conserva apenas um corrompido lamento de alguém que esqueceu de si mesmo, e não lembrar a própria voz é não poder falar com todos outros.
Raízes são feitas para serem cuidadas, não esquecidas. Por mais passadas que estejam, seu alicerce e base da vida se sustentam nessa contorcida forma. E se flores nascerem da sua alma, e se frutos brotarem de seus olhos, agradeça ao que lhe dá alento e vida cheia. Por onde andar e quando permanecer? Só a condição de quem vive diz a alma onde ir, a liberdade que buscas permanece implícita em seus olhos, e a fúria de sua juventude lhe desperta a distância vã. Onde ir, se não andar por entre os vales de seus pensamentos? Conduzir as partes de suas lamentações, rever prognósticos, assuntar condições, refazer sentimentos, construir prazeres, arquear um bem maior, sofrer a dor dos que merecem. Os caminhos que precisas estão apenas em suas veias, apenas em teu sangue.
O conhecimento não lhe buscará se não o buscares, a obra pronta é a desculpa dos preguiçosos. E a insuficiência daqueles que perecem é a falta de buscar a dúvida. A duvida conduz o semblante do que quer descobrir. Descobrir é reinventar a si mesmo, é prestar condolências a ignorância comum, é despertar um amante de tantos abrigos da alma. Não duvide de forças que despertam tuas letras, as forças que procedem de seu coração são as mesmas que acompanham teus dias. Alimente as forças de seu coração, então saberás que os dias vão passar com mais amabilidade e paz. Busque estar de acordo com o acordo de si mesmo, onde temeis as condições de seres subjugado. Respeite condições alheias, corações longínquos de rotações próprias e momentos únicos. Tenha perdão a admitir suas decadências, ,mas saiba que a decadência de si mesmo é a face amarga da esfera da vida.
Coma como reza a vela, deixe escorrer o que tiver de escorrer para conceber a luz. Não queime a mão em vontades momentâneas, a cera ficará em tuas partes. Aceite o amor num rejunte de almas, afixadas nos permeios dos céus. O amor se esconde em permanências estranhas. Reside onde o coração é apenas um circulador de vidas, pois o amor é todo o ser que concebe o amor. Não sustente dúvidas, não tente ser amor se amor só existe por si mesmo. Único de conservas atemporais. Distribua o amor que reside em você, a permanência dele em outras vidas mudará o próprio amor que conduzes em plenitude. Sejas amor nas palavras, nos preceitos e nas condições humanas. Ame a vida como a vida lhe ama, e o amor do sagrado unirá os tempos a eternidade.

2 comentários:

Unknown disse...

parabens por sua ótima postagem...
indiquei um selo pra vc..
http://premiom3.blogspot.com/2009/08/selinho-de-qualidade.html

Lissandra disse...

PARABÉNS! Tava passeando por seu blog e resolvi ver qual das postagens teria recebido o selo. Postagem mais que merecedora, linda!