Não posso nem, sentir, pois a falta é mentirosa.. ela não reconhece sua própria imensidão. Só o outro pode apontar sua veracidade. E finjo sorrisos, uma verdade mentirosa, que cada vez que digo que não ligo nem me importo, eu sim, minto... de verdade.
E que rolem todas elas, pelo rosto quando lembra, e que fiquem vermelhas.. as bochechas.
Ou que pior, resista aquela.. que fica no cantinho, contida.. balindo uma dor incitante, latente e corrompida.. uma dor que nem se pode sentir, pois é dita como um nada.
Pois a falta se sente do raiar do dia, quando o nome, só um nome sobressai nos lamentos, nas preces e orações.. no meio do dia quando um casal passa pelo passeio, na tarde em sol decaído de lembranças ternas, e na noite de lua... Lua que nem se precisa dizer nada.
E que seja falsa, mentirosa e obsoleta.. toda essa falta corrosiva.
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