Não começo um texto, muito menos o termino nele mesmo. As frases voam quando se aproxima o inverno e se encontram ao sul, todos com seus respectivos adornos, cores diferentes e tamanhos indecisos... As vezes crescem, decrescem ou se tornam um apagar discreto, não tão discreto na lembrança. Um papel que guardo no bolso, uma crônica de cinco linhas ou um poema de amor eterno, tudo uma coisa só. Tudo uma pulsante forma de dizer que meu coração está cada vez mais livre, e cada vez mais ele se apresenta nos detalhes sobre meus dias. Tudo incita a escrita, desde flores azuis da varanda à doses quase letais de café. Cada pedacinho do mundo é um espaço constante de observação, talvez sábia ou só um abraço apertado ao meu sorrir. Mas sempre existe o lado negro do mundo, como existe um lado negro de quem escreve, descreve. E seja qual for o lado dessa observação, meu motivo é o reagente da escrita, o catalisador de sentimentos e o revitalizador de forças. Manuscritos de datas felizes, ociosas e de importante significado, seja lá como for.
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