( Para minha amiga Jaqueline)
Não sei a dor de um ventre deixado,
do vazio de um ser que não será amado,
não em mãos e braços, um ninar tranquilo.
Mas amado numa lembrança de ultrasonografia,
de um acariciar da barriga... de uma promessa futura.
De um participar não tão íntimo.
Não faço a mínima ideia de como dói,
de como dilacera um ventre agora vazio,
espasmo do ser que habitava,
e não há conhecer de seus pés minúsculos,
nem imaginar a trajetória de seu crescer.
Não imagino como deve doer.
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