(Baseado num tormento visual)
Hoje pela manhã,
me ocorreu tal sintoma,
quanta memória viva,
há na tênue visão?
Passei num arco vermelho,
num ar de poucos amigos,
dobrei a esquina e sentei-me,
de onde lembrei de você?
Pisei num plástico azul,
com tudo chutei-o pra longe,
respiro tão mal e incomum..
porque lembrei do recital?
Um vulto sincero de desapego,
cores em tons em um milhão,
toda curiosidade é excitante,
mas as vezes é só uma visão.
Uma visão não tão seleta,
inconclusiva em si mesma,
resgata do despretensioso mundo,
mundo de tanto, inconsciente.
O palpável á memória é a visão,
de sons e ruídos sobrevive a dúvida,
mas que mais e além do visual
contempla a comoção?
Nada tão ajustado como a visão,
nada tão dissidente como a visão..
nada tão perene como a visão.
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