Me vens com essas mãos tremulas de cidadão perdido, e corres pelas ruas com o calcanhar agudo. Quantas vezes elas lhe fizeram medo, um impulso perdido na largura distante dos que já estão em casa. O barulho assusta o medroso, que corre estremecido pelo asfalto, sempre com um quê de assaltado. Até que por mochilas e bolsas, celulares e cifras, até onde a margem dos papéis podem lhe cobrir, ou onde as sacolas podem chegar. Os livros podem se perder, a mágica de todo um coração pode se esvair, como se apaga esta chama quanto aos dias a mais sem vida. Mas vens com essas mãos tremulas novamente, e o medo difere do que há lá fora, o medo escorre do que há por dentro, mas não esquece dos olhos que te observam, sedentos.
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