A um dia que te amei,
um dia que me recordo.
e em tuas mãos me fiz maior,
me despi de toda injúria do mundo.
sempre me debruço em tua lembrança,
toda vez é sublime o meu recordar,
apesar de sentir a roseira viva,
e o espinhar de sua beleza.
e eu sempre escolhi,
de todos os seus mundos,
que meus olhos perpétuos
fossem eternos em seu descanso.
e ali me fiz desmemoriada,
de todas as vezes que cortei-me,
na branda rosa de nossos dias..
e até que sua boca se abrisse,
eu pude redigir meu amor em teu nariz,
em tua barba dilacerada...
e quando abres os olhos,
eu finjo dormir, amor meu...
para que talvez possas amar-me tanto, tanto assim...
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