Cria minha, ventre meu. Não és filha minha, mas engano meu.
Nem minha glória és, pois não sabes me dar a mão,
pois só sabes entrelaçar-me as pernas em juras mal feitas.
E a tropeçar eu me despeço do infortúnio do amor, e digo Olá
a um desterro eterno, onde reconheço o rosto da dor.
Quem dirá, grande companheira de tantos tempos que cruzamos,
de todos os ilícitos que prendera-me e fiz-me jaz em tuas palavras esguias.
E em meu peito cravei mil descasos, embalsamei meus amores feridos,
um a um, e se agrupou o remorso, e a crítica de sonhar demais.
De tudo, contida permissão, é a pior de todas as suas verdades,
a inverdade do meu súbito amor, a credibilidade de teus contos...
e a impureza de teus laços.
Perene ilusão.
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