Um dia eu deixei que meu pai fosse embora, e ele sem saber de si mesmo, foi-se. Daí ele começou a me mandar mensagens distantes, das mais estranhas possíveis, não dizia com qualquer que fossem as palavras, tropeçava em suas pernas toda vez que eu o dizia de sua presente distância.
Então eu me conformei com sua ida, e deixei de sentir falta do que meu pai representava. Não sabia, nem sentia. Meu pai foi embora e eu me deixei corromper pela raiva.
Até que um dia, mesmo errante compulsivo... meu pai começou a aparecer aos poucos, aos pouquinhos via seus cabelos brancos, seu cansaço e suas pernas bambas. Daí pude ver que meu pai estava voltando, voltando aos poucos a ser meu pai.
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