terça-feira, dezembro 30
Sobre portas
segunda-feira, dezembro 29
Juntinhos solitários.
nas ruas nos mundos,
nos bares e fundos.
Nas filas e cercos,
nos erros e acertos.
Estou sempre cercada,
apesar de calada, sempre.
Dessas vidas que esbarro,
que me acenam e me xingam.
Me dizem bom dia e se calam,
é o que fazem por ai.. é o que falam.
Que vão e vem como loucos,
sou louca junto a todos.
Um bando de loucos desvairados.
Somos por pouco!
E nada somos juntos..
Mas somos sozinhos, juntos.
Pois bem se apertados,
engolidos e cuspidos,
não somos nós ainda,
mesmo em nossa discrepância,
somos sozinhos, juntinhos.
Juntinhos solitários.
Aquilo mesmo!
Esguia, disfarça..
apronta tudo.
Contorce, exalta..
o enfurecer profundo.
E toma os braços,
cabelos e tudo.
Contamos juntos,
como estoura, em segundos..
e lá vem as lágrimas.
Meio dia na minha cabeça
estou no meio da rua de óculos,
meus olhos se escondem das vias,
da crueldade do mundo.
Me escondo por alguns segundos,
me escondo o quanto posso.
Mas me descobrem, malditos.
Querem saber meu nome e de onde vim,
tudo querem saber desse mim...
Meio dia na minha cabeça,
frita o meu pensar, ávido.
No dia que puder abrir minhas asas,
será que serei tão livre assim?
Mal posso esperar pelo mundo,
até os tapas certeiros que estão por vir,
em um desses tropecei há três anos,
espero que algo esteja concreto por aqui.
Meio dia na minha cabeça,
talvez depois da tempestade,
venha mais tempestade, enfim.
Até que o mar se canse de volver,
e a temperança encontre esse mim.
Quem disse que preciso de esferas,
tudo um doce remédio temporário,
como disse antes, naquele dia amargo.
Meio dia na minha cabeça,
escuto o estouro no longe impessoal,
tão pessoal a mim ultimamente,
que nem sei se desconheço tanto assim.
Os gritos ecoam das ruas,
e os gritos personificam aqui dentro.
Já abro meus olhos descrente.
Meio dia na minha cabeça,
não me peça coisas tão difíceis,
eu só quero um pouco de vida,
e a vida é um merecimento bipolar.
A mercê de suas mãos atadas,
a mercê de minhas mãos tão livres...
Meio dia na minha cabeça,
e não conseguimos dar as mãos.
Jaz aqui uma lembrança
senti a sua ida.
Queria seu retorno.
Senti medo do medo que era saber,
que ele não estaria lá pela manhã.
Toda manhã de sol no meio fio.
Sabia que um dia ele iria,
sei que um dia todos vão...
Já faz tempo, mas é sempre lembrado.
Quem faz falta não é esquecido jamais.
Semente comum
em mundos novos, em outros séculos.
Crer numa assinatura, santuário divino,
inferno alarmado, dádiva do céu.
Ignorância, petulância.
Minha talvez, pura visão anti-relativista.
Sou o produto do que me criou,
como são, todos em seu interior.
Mas há contradição,
se posso ver daqui e eles de lá..
quem tem o poder de decidir?
Quem tem o poder de mudar?
Há sempre ostentação,
de uma moral-amoral-imoral,
em contextos divinos e divinificados,
onde um homem plantou a semente comum.
Posso chamar do que quiser,
posso proceder e me inflamar,
reduzindo ou recriando,
uma visão criada por mim?
Talvez quisessem que pensasse assim,
ou por tudo que sou, se sou é por tudo.
Por tudo que me rodeia, sempre.
Por tudo que recria, o mundo
e todo e qualquer tipo de gente.
domingo, dezembro 28
Sobre crer
Quase
no momento em que lembrei
que você estava lá com seu chapéu azul.
com o chapéu azul...
ai ai..
sábado, dezembro 27
Sentimento
isso a tanto tempo.
Mas o tempo, não sentiu.
Não me fez sentir muito..
pois agora que sinto novamente,
eu sinto tanto e portanto,
sinto-me feliz,
por isso novamente.
Anormal
Nem todo prazer é gozo,
nem toda canção é sorrir,
nem todo mundo é pacifico,
nem o pacifico é mundo...
nem toda paz é pra sempre,
nem toda dúvida é cortante,
nem todo costume é vício.
E nem tudo posso dizer,
nem tudo pode-se dizer...
a quem não entende.
None II
Castelo de areia
bonito na praia
deslumbre do níquel
resquício de água.
Castelo de areia,
bonito de ver,
crianças brincando
mas, não pode..
não pode chover.
Castelo de areia,
de todas as vezes,
só vi seu império,
longe das águas.
Castelo de areia,
próximo ao mar,
não resiste..
por muito tempo.
Castelo de areia,
sozinho e relapso,
próximo as águas
é mais um tolo juvenil...
destruído por si mesmo.
sexta-feira, dezembro 26
O flerte
Você nem nota, nem pisca,
e já tá enrolada.
Começa num Olá,
num olhar...
e tudo cerca.
Todos fingem,
tudo é mistério,
mas já se sabe.
Já se sabe onde
isso vai dar.
quinta-feira, dezembro 25
Eu aceito
uma nova casa,
um novo pensar,
uma nova cor.
eu aceito,
uma nova promessa,
um futuro promissor
e o decair do amor.
eu aceito,
esse meu calar,
um idealizar,
um crescer interior.
mas eu não aceito,
de forma alguma...
permanecer onde estou.
quarta-feira, dezembro 24
terça-feira, dezembro 23
De Saturno
As serdas andam cada vez mais agudas, serdas mudas, agudas.
Nada e tudo parecem iguais, verdade de mentira não se desfaz,
com tudo, contudo e com todos.. os ventos sopram tão frios.
Fico a mercê dessa insensatez, a margem dos centrados hemisférios,
assim estou submerso em algum mundo distante. Ásia de minha vida...
Ilhado em um submundo chamado eu, e eu que é bom não me aparece.
O você talvez me interesse, e depois não quero mais saber de mundos distantes.
Mas posso dizer tudo a você, posso te contar cada detalhe,
e não entenderás a dispersa forma, desse mundo em que me recostei.
Não saberás porque brilha o orvalho pela manhã nos coqueirais,
nem porque a noite as águas morrem em sedentos precipícios.
Não entenderá porque vou embora, nem porque fico aqui te observando.
Nem se as vezes me encaro vivo e intenso, nem porque morro a cada segundo.
E nada será como antes, presente desse presente inesquecível.
E o segundo que passou já é passado, quando escrevi o involuntário,
onde fiquei, onde finquei meus dias em pouquíssimas palavras.
E só me sobraram alfabetos, e de letras me lembrei de dias amargos,
e de frases ri sozinho na sala, e de loucuras sobrevivi em meus dias.
Não me deixo ir embora.
Quem disse...
Ainda por lá
segunda-feira, dezembro 22
O Cachorro e o rabo.
em torno de mim,
e eu corro,
corro e babo!
Pois o meu rabo,
é meu triunfo,
é a minha sina,
nesse girar...
E rodopio, tonto
mas ileso a tudo,
a contrariar.
E corro mais vezes,
em busca do outro eu,
até onde Deus dará.
Até que um hora,
meu rabo altivo,
irei capturar.
E simmmmm, sim!
eu me encontrei,
nesse girar.
"Que Fora"
um sorriso,
de quem,
raramente o faz?
Verdadeiramente,
as vezes é bonito,
de ver rosar...
Talvez,
um muito obrigada,
eu gostei muito!
satisfaz.
E o mundo vive,
de presente,
onde o carinho,
não está.
Um presente,
volúvel...
sábado, dezembro 20
None
Cafezinho
e discutir o indiscutível.
Lembrar o desmemoriado tempo,
e sorrir por dentro.
Cafezinho sempre me cai bem.
Agora
O que sou.
o que eu falo,
o que eu faço.
Sou tudo eu,
é tudo meu.
E se não agrada,
se não permite,
se não concorda...
vamos conversar,
talvez.
Quieto
talvez não o deveria ter feito tão rápido...
pois ele com certeza não compreenderá.
E se o tivesse feito antes, ou amanhã,
acho que seria deveras pior...
Pois ele não entende, nem aceita
que tudo só se permite no momento exato.
E sim, foi o momento certo.
A tarde
nem choro nem vela,
nem doces algozes,
nem dúvidas, nem beijos..
nada de amor por hoje.
Hoje eu não quero brigar,
não quero telefonema,
não quero gente,
não quero bicho,
hoje não quero nada...
além de mim.
quinta-feira, dezembro 18
Pessoal
e enxugo do peito a saudar, como é precioso.
A cada segundo, em contraluz, perfeito.
Gosto das palavras no caminho de volta pra casa.
E se me perguntar por onde andei ou fui,
já não sei se estou indo ou vindo.
Talvez faça os dois, se puder.
E que esse suspiro permaneça..
como é bom viver.
Saturno
onde a dúvida colore,
e descolore o puer.
De todo sacrifício
e a glória de doer,
eis tuas folhas de louro.
E derramas inibido,
o permanecer em Saturno,
onde és contemplar.
E até que o dia murche,
e a alma decaia,
uma voz insistirá.
A doença está no mundo,
a tristeza está no mundo,
e Saturno, está em você.
Estrago alheio
Rente
a ideia submersa,
de pouco ao resto,
toma os dedos,
e lá se vai novamente,
um monte de ilusão,
um alimento da alma,
um fado racional,
um regalo ao coração.
E desce rápida, faceira.
E a boca ri de metidez,
os olhos fecham aos poucos,
lhe toma algo orgulhoso,
vingas teus rodopios estáveis,
loucura de gente que tem sono.
Duradouro
insensatez.
E Acordo, esperança.
Permaneço,
calada.
E finjo, colidir.
Prefiro, abster.
E finalizo, pensando.
É difícil.
Luas & Luas
cálidas
e azuis.
Luas breves,
cheias de vida,
anil e luz.
Luas cheias,
contorno cálido,
espelho do desejo.
Luas de Bruxelas,
Vitória
e Assunção.
Luas de ventres,
nascimentos
e conclusão.
Luas crescentes,
onde arde o sangue,
breve ilusão.
Luas passageiras,
momentos instáveis,
passaram então.
Troco
do que já nem tinha.
Como vou sobreviver?
Tenho de comprar o pão,
uns dois já resolvem,
mas sem troco, como faço?
Junto o pouco que me resta,
do pouco que nada tenho,
sabe como é que faço?
Talvez lhe direi, quem sabe
se me devolveres...
o troco que restou do nada.
Cilada
Há sempre,na calada,cilada, cilada.Há sempre,no rumor,cilada, cilada.Há sempre,na dúvida,cilada, cilada.Há sempre,de tudo,cilada... eterna cilada.
Falling out
terça-feira, dezembro 16
Soneto da Injúria
Quantas vezes, mais?
Se me seguro aos poucos,
e nada por mim, se faz.
Continuo decaída.
E meu coração murcha,
aos centímetros de cada segundo,
quando o tempo machuca,
e tudo se acumula, nada sou.
A injúria compensa a quem,
a quem não se importa,
e de que importa ? É uma porta.
Vais morrer no amargar,
ao perceber que não há,
nem sequer um pouco de ti...
Sobre sorrisos
condizente,
com minha amarelice..
de sempre.
Sorris em azul,
pois de gosto,
és a luminescência
de minhas escolhas.
E a preferência,
de meus olhos,
que sorriem,
espelhados.
Na manhã
Ruminam a manhã inteirinha.
E meus sonhos felizes morrem,
e dão espaço ao branco sonhar,
sem mais lembranças, sem mais..
Quem?
a não ser a mesma.
A mesma de sempre,
mas nem sempre, a mesma.
Quem sou eu,
se não outra vez,
de novo, novamente
sigo o caminho no repeteco.
Quem sou eu,
a não ser a velha mania,
o costume encruado,
em síntese, palpitação.
Quem sou eu,
se não um fado de dias,
que passam apressados,
e deixam as marcas...
para a mesma de amanhã.
quinta-feira, dezembro 11
Verso
prenda de minha vida.
Luas e céus vão poder,
mas não sem tua presença,
não sem teu existir.
Não sem teu dom de
conduzir, em cada vogal
em cada consoante viva..
a verdade de meus olhos.
Por todas as santas
Pela Santa Ignorância,
pela Santa Burrice,
pela Santa Falta de Paciência,
pela Santa Insensatez,
pela Santa e imaculada descrença.
Orai-vos.
quarta-feira, dezembro 10
Cinco dias
em como parar de pensar.
Talvez calando-me,
mas que besteira, o falar é ímpeto.
E ímpeto não obedece,
não tem conversa..
nem pedido, nem perdão.
terça-feira, dezembro 9
Josephine.
Eu sou um copo d'agua
Uma gota percorre seu envolto.
E se une a mesma, a cada gota um reajuste,
a cada líquido muda seu caminho errante..
E desce desalinhada, sabes lá onde parar,
se continua ou desanda, cada gotícula lhe conduz.
e andas engolindo uma a uma para redigir seu caminho,
até que tudo termina e ao mármore chegas...
cheia de tanto, cheia si mesma.
Derramou.
Não é isso.
Perguntas demais
do seu viver,
e eu não sabia,
o que dizer.
Se me calo,
pareço boba,
ou talvez,
ainda sua.
Mas se falam,
o que quer que seja,
eu respondo...
que não quero saber.
Hoje não
canções de solidão,
quero ouvir outra coisa,
que não me lembre.. estar só.
Que me diga por onde ir,
onde me encontrar.
E de certo, estarei lá.
Tens
minhas mãos,
meus cuidados.
tens do laço
aos cabelos,
e um entardecer.
tens a boca,
o nariz,
e todo resto...
tens todo meu viver.
Passado... passado por tal coisa.
como se não tivesse,
passado....
passado por tal coisa.
Mas eu juro,
prometo e confirmo,
não será assim para sempre.
Caminhando juntos
Pois não vivo, sem suas pegadas, não sei andar.
E assim sigo seu passo, temente como um cão,
sorrio a sua glória e temo seu entristecer,
estou a sua sombra, a deriva do teu sonhar,
e estou, estarei e ficarei... até quando não puder mais.
Até que um dia, deixes de andar.
segunda-feira, dezembro 8
Esfriando
adoro a chuva ressalva,
a condição de molhar o mundo,
a esperança de esfriar.
E esfria...
sábado, dezembro 6
Ronda
buscou um assaltante,
recorreu as relvas,
as selvas de ancas frias.
Foi as ruas similares,
de curvas sinuosas
e poços gradeados.
Rompeu os barracos,
aos pedaços as vidas
voaram pelas paredes.
E a madeira desfirme,
se estraçalhou pelo chão...
assim como a crença.
Pois não eram assaltantes,
e sim vidas disformes.
sexta-feira, dezembro 5
Realidades vazias.
Perene Ilusão
Nem minha glória és, pois não sabes me dar a mão,
pois só sabes entrelaçar-me as pernas em juras mal feitas.
E a tropeçar eu me despeço do infortúnio do amor, e digo Olá
a um desterro eterno, onde reconheço o rosto da dor.
Quem dirá, grande companheira de tantos tempos que cruzamos,
de todos os ilícitos que prendera-me e fiz-me jaz em tuas palavras esguias.
E em meu peito cravei mil descasos, embalsamei meus amores feridos,
um a um, e se agrupou o remorso, e a crítica de sonhar demais.
De tudo, contida permissão, é a pior de todas as suas verdades,
a inverdade do meu súbito amor, a credibilidade de teus contos...
e a impureza de teus laços.
Perene ilusão.
A um dia, que te amei.
um dia que me recordo.
e em tuas mãos me fiz maior,
me despi de toda injúria do mundo.
sempre me debruço em tua lembrança,
toda vez é sublime o meu recordar,
apesar de sentir a roseira viva,
e o espinhar de sua beleza.
e eu sempre escolhi,
de todos os seus mundos,
que meus olhos perpétuos
fossem eternos em seu descanso.
e ali me fiz desmemoriada,
de todas as vezes que cortei-me,
na branda rosa de nossos dias..
e até que sua boca se abrisse,
eu pude redigir meu amor em teu nariz,
em tua barba dilacerada...
e quando abres os olhos,
eu finjo dormir, amor meu...
para que talvez possas amar-me tanto, tanto assim...
quinta-feira, dezembro 4
Tempo
Aliás, nada me diz...tudo me escondes.
Será que no acaso poderei reger meus dias?
E nem terei sido eu mesma, se soubesse..
pois o meu eu de agora, é só o presente que passa..
pois amanhã sou outra, e em corpo sou mesma,
nem em corpo... poderei ser.
Amanhã gostarei de azul, ou falarei de música?
Não me tomes meus presentes... lhe peço,
lhe rogo que não me incinere os prazeres.
Os únicos que me sustentam.
Síndrome..
Tem dias que nada é seguro,
nem o mais ventre dos quartos.
a sala é vazia e terrena,
a escada é obstáculo,
os corredores são enormes.
A sacada é mirada,
lá mais, não adormeço.
Estou com medo.
Somos iguais
crescem
cheirosos.
a forma
é pequena
e redonda.
minha boca,
pequena
e redonda.
e em meu olfato,
os biscoitos crescem..
cheirosos.
Nua
Ida
e fui embora pr'outro lugar.
E quando eu volto, quando eu chego..
e o tempo passa, a vida vira,
e você vai embora.
E eu nem pude me despedir dessa vez.
Meu pai
Era eu, sim.
Separação
A palidez certo dia me convidou
para ser sua esposa, aceitei.
Mas um certo dia, nos distanciamos..
a palidez não tinha mais voz eloquente,
e eu não mais a entendia.
Tanto assim que decidi me separar.
E daí sim, senti o colorir sob os dedos.
Tarde
e todo meu ser,
se desativa.
é tarde,
e o sono,
me convida.
é tarde,
mas não de
tempo, querida..
é tarde,
de tarde...
nada mais.
quarta-feira, dezembro 3
...
e a chuva caiu..
grossa e incessante,
como deveria de ser..
como tudo apontava que fosse.
..
e o sol apareceu no meio das nuvens,
engraçado como ele brilha e reluz,
e as nuvens ainda estão lá..
e o trovejar não passou.
Me pergunto, como pode?
ser tão engraçado, não por humor..
mas por pura brincadeira da natureza.
.
Por não conseguir, somente, atadas.
Minhas mãos e meu adeus..
como não pude? E nem pude...
você se foi, se foi...
Quando o adeus é reprimido.
Vai em paz, Camilla Rocha.
segunda-feira, dezembro 1
Pirâmide de Maslow em ação
se não vale a pena pensar em vão.
Não me interessa mais o que queres,
pois já tenho tudo que necessito em mãos..
primeiro a necessidade,
depois o querer.
Em seu espelho
com o coração alheio?
ninguém liga,
ninguém da trela..
todo mundo,
em seu próprio espelho.
Não chore, querida.
pois dois dias..
não vão dizer.
Pra você um segundo,
é o tempo preciso..
pra se morrer...
Talvez de saudade,
talvez de vontade,
que se consome,
num pesar.
E que mais poderás fazer?
A distância é a pior,
quando se pode a quem ama ver.
Pois fere e cutuca a ferida...
mas você sabe que ninguém pode ver.
Um termino difícil, eu sei..
mas vai ser melhor pra você.
Mundo novo
o mundo se repartir,
num novo mundo..
quando o dia nascer?
Dezembro faz isso,
com o mundo todo..
esse tal desejo de renascer..
esse tal desejo...
Não gosto mas faço.
ser quem diz;
eu te disse..
e é um saco,
ou pura maldade,
ver que você previu..
mas realmente,
eu disse,
Mathprogressindierock!
Um Survive,
ou um Minus..
talvez um Manchester,
um The man!
E vem o Colour, Oceansize..
vem e Volta..
a me render,
e eu me rendo!
Com todo e total prazer...
Carteira
toda essa baboseira..
toda essa burocracia,
mas que besteira.
É só "Confirmar"
e estou dentro?
Mas o maldito do site..
Só me diz que..
Há problemas no servidor..
tente novamente, em outro momento.
Namorados - II
não me diziam tudo.
E eu até respeito essa razão,
de não falar sobre o que sentes..
Mas eu já sabia, sabia...
eu rezava e orava,
pelo dia, em que me dissesses..
gosto dela, mesmo.
Namorados - I
em que a vi,
eu já sabia..
eu já sabia..
Desde o dia,
em que te vi,
eu já sabia..
eu já sabia..
Desde o dia,
em que percebi..
eu descobria..
eu descobria..
..que você e ela um dia,
seriam o que eu sempre soube.
Quarta parte - Casa
não precisa
de mim..
só precisa de si,
de suas flores e azulejos,
de seus pássaros e luares.
De sua vida imortal,
de seu espaço ilimitado..
em meu coração.
Terceira parte - Casa
a pior coisa,
de se ter..
um cão,
são os dejetos,
que merda...
que merda, mesmo.
Segunda parte - Casa
de branco até ficou legal,
quando a madeira chegar..
ficará mais bonita ainda.
E quem sabe eu me lembre,
um pouco talvez..
da casa dos meus avós.
Que saudade.
Lembrei
"Sou como uma casa velha no inverno,
meu teto pode estar coberto de neve,
mas a lareira ainda está acesa..."
sábado, novembro 29
Filhos esquecidos.
Eu sou filho de João ninguém
sou filho de Maria pouca coisa,
sou filho das ruas e das praças,
sou filho do meio, fruto da coisa.
Eu sou filho do pão dormido,
sou filho da mágoa guardada,
sou filho do esquecimento,
sou filho da voz exteriormente calada.
Sou filho da falta de escolha,
sou filho da conclusão precipitada,
sou filho da remota possibilidade
sou filho da luta em mãos, contra a mão armada.
Sou filho da dor e da tristeza,
sou filho dos farrapos que me vestem,
sou filho de um ventre esquecido,
sou filho da margem que os perseguem.
Sou filho do pouco que me resta,
sou filho de um país em decadência,
sou filho das vozes que dizem
sou filho da voz precipitada, onde sou demência.
Sou filho do vento que me congela,
sou filho do calçar dos pés não existentes
sou filho do arrastar do corpo
sou filho do cariar dos dentes.
Sou filho da ignorância e estupidez,
sou filho da lágrima e da dor
sou filho e fruto da sociabilidade
sou filho perpétuo de toda falta de calor.
Sou filho da imprudência regente,
sou filho do meu pai que me deixou
sou filho da mãe que enlouqueceu
sou filho das ruas, das luas... e acabou.
Corta
sem se importar.
Esquece do querer,
se o outrem sequer tem.
Corta e nem espera..
ver o desastre chegar.
Na Música
Fui de todas as vozes, de todos os versos...o eu e o você.
Fui de todos os amores, de todas as dores e rumores..
de todos os sentidos e sentimentos, de todos os abrigos e corações
partidos.. já fui de paixão e saudade, da mágoa à reciprocidade,
até o próprio medo e a repulsa.. o ignorar e a dor contida,
já fui a musa e o pecado, o vestido e o sapato.. e a falta dos dois.
Luas e corpos nus, ventos e lembranças, dores, amores..
sempre fui, de todas elas, sempre fui eu...
vivendo na música, da música a liberdade de meus dias.
Tudinho
Mas nem tudo,
foi embora.
Tudo mudou,
mas sei, só eu sei
o que foi embora.
Tudo mudou,
e só a parte ruim..
ficou de fora.
Tudo mudou.
Admirada
Gosto de janelas,
que batam sol.
e incide o feixe,
a fresta reluz,
e eu sempre fico...
admirada.
Memória vã
desde quando perdi,
e quando vou encontrar.
mas que diabos posso fazer?
se não sei desde quando,
e não posso falar se foi,
se deixou de ser ou se ainda é.
Onde foi que perdi,
será que dá pra lembrar?
ou será, que esquecida..
pra sempre vou estar?
Algumas garotas
só querem seu dinheiro,
talvez sexo a noite inteira
ou uma rápida no banheiro.
algumas garotas,
só querem dormir,
acordar cedinho
e tomar o sol das sete.
algumas garotas,
só querem balada,
só querem bebida,
um beijo na boca,
e um adeus noturno.
algumas garotas,
só querem amar,
dormir agarradinhas
poder contemplar..
algumas garotas,
só querem prazer,
descartável e indolor,
sem nomes e telefones,
apenas, aventuras.
algumas garotas,
só querem namorar,
para poder acertar..
quem as namore de verdade.
algumas garotas,
querem olhar pra você,
e te dizer sem falar,
que o que ela realmente quer,
você vai ter de adivinhar.
Algumas garotas apenas,
só uma parte delas...
Pela casa
Esse armário,
e essa cama,
esse sofá
e esse banheiro...
essa cozinha,
e esse chuveiro.
Nada mais reclama.
Nina..
porque eu briguei..
briguei com ela.
E agora passa rápido,
na minha frente,
não quer papo..
nem carinho..
nem nada.
Mas depois ela volta.
Na companhia do vento
quando nos voamos alto,
sentimos que somos únicos,
talvez meros desesperados..
pela felicidade escorregadia.
Mas ele me compreende,
entende, minha liberdade.
me enfrenta quando erro,
e me diz quando sinto saudade.
ele sempre diz na hora certa,
tudo que não digo sozinha.
E sou feliz pela falta alheia,
talvez, por algumas horas...
pelo tempo que me resta.
Tudo é sempre calmo,
quando estamos em comunhão.
Juro que nada vai afastar,
e tudo vai permanecer..
sempre que peço a Deus
um instante...
é sempre para respirar assim.
Um dia de paz
e tão farta.
tão imune
e desacreditada,
porém contente..
e admirada.
que enfim
me libertei.
sexta-feira, novembro 28
quinta-feira, novembro 27
Uma da manhã
eu durmo..
uma da manhã.
como é que vai ser,
se tiver que acordar..
pela manhã?
Só minhas olheiras,
vão dizer.
Sábado
comida japonesa,
raiz forte..
pode ser sorriso,
ou pode ser... ?
depois
fomos beber,
fomos falar..
da vida que passa,
desse nosso olhar.
desse amor inútil!
maldito calar.
e de tanto conversar,
perdi a hora..
cinco da manhã!
como vou acordar?
pois a prova me espera,
as duas.
Amor musical
me deixa.. entregue.
a um amor, musical..
a uma dor, tão gostosa..
e dói de sorrir,
cada vez que a escuto.
Madeleine minha querida,
Meu vasto sentir enamorado..
sou assim como você,
uma espécie de retorno ao passado..
que regrava um poema em novas vias,
mas não perde, jamais..
seu sentido antigo.
De estimação
duas vezes.
e eu reduzo,
apenas uma.
ele sorri, volta,
e me pergunta,
se tenho dono....
e lhe digo,
que não sou..
não sou de estimação.
Eu tenho
na primeira adversidade,
na segunda, temperança.
e me pergunte,
se eu posso viver do adverso?
Não posso, nem consigo..
me falta....
Finco o fico.
nada,
nada me levar.
apesar de burra,
apesar de boba..
tento me acalmar.
meu coração tolo,
insiste em navegar,
em torrentes tantas!
mas não deixo,
nada me levar,
finco minha teimosia,
e fico, fico por lá.
Tudo de uma vez
que frio na barriga,
esse meu desconhecer.
tudo indo como deveria,
e eu como fico? Fico aqui!
Caramba!
Quanta novidade,
e se isso tudo for verdade?
Eu ficarei em paz.
Descobri!
todo mundo, dizendo..
E não ouço sequer um a,
não consigo entender nada.
estou surda ou algo parecido?
não não... apenas estou, calada.
Gosto mesmo
eu gosto,
gosto mesmo de você...
e se me perguntar,
se um dia, eu quero?
só se for com você...
quarta-feira, novembro 26
Mais uma vez
vi tudo acontecer
da minha cadeira..
o ladrão comparecer.
são sempre dois,
nem sempre armados,
mas correm feito o vento
sinuosos como o diabo.
e eu assisto tudo,
do fundo sempre vejo,
a cara de pânico...
e meu coração sempre com medo.
eu peço a Deus que me segure,
que me guarde nesses dias..
pois a coisa tá feia,
e piora, a cada dia.
Eu..
quais eram as palavras..
que deveria dizer..
então prefiro,
calar-me.
é tudo que posso fazer.
Nada mudou
e eu estou aqui
tomando meu café,
escrevendo.
nada mudou,
e eu posso ver..
que o mundo esqueceu,
de me carregar em seu girar.
nada mudou.
e eu fiquei a ver,
tudo passar tão rápido
e minhas mãos curtas..
não alcançam mais.
nada mudou,
mas eu fiquei,
pra trás....
Por vocês
umas das outras.
Uma mão no rosto,
um beijo a testa..
um desacordar e dormir,
um abraço e uma frase,
não faço mágica..
não faço..
mas faço tudo por você.
Ligadas
também pudera
tanta informação...
e eu a entendo,
como desconheço meu mundo,
do outro mundo..
compreendo o que posso.
Mas te dou a mão.
Eu juro
te ter nos braços
e te dizer o que mais quis,
o que sempre quis dizer..
a quem nunca existiu.
Juro que tentaria,
ser teu abraço..
ombro amigo, e tudo mais.
ser teus olhos, teus dias..
e o que mais pudesse.
mas estou presa,
completamente presa,
a tudo que não me convém.
Sim
não gosto de ninguém.
mas o que me dói,
e a incerteza..
que tenho quando dizes.
Porque, nem eu sei.
Nem viu..
um pranto tímido.
Insolente como sempre.
Daquele que você
viu e não viu, o motivo.
Do quanto não quis,
e do quanto quis..
dizer o que não pude.
Separei meus dias.
Tentei ser firme,
sempre sorridente
e fui até onde nem pude,
onde me fiz inconsciente.
E andei pelos dias só,
sozinha em minhas ruas,
descalça e vulnerável..
a chorar baixinho.
terça-feira, novembro 25
Só assim
E bate um pingo, respingo do muro..
do laranja o balsamo de seus dias,
e arde e seca e molha depois,
e sobrevive a cor de minhas manhãs,
na minha varanda do infinito,
as plantas são lindas e o ar é puro,
o chão gelado me acolhe, mas que dicotomia.
Tudo é do jeito que tem, tem tudo pra ser ótimo.
Que chovam os dias, e em outros suspenda!
E o sol vai raiar mais uma vez,
e as nuvens vão sorrir.. A lua me dirá boa noite,
e ficarei feliz, só assim.
Ah!
de dizer o quanto me faltam aqueles pequenos,
aqueles dias de tanta satisfação.
Em que me banhava em sorrisos sinceros,
em que me eram doloridas as bochechas do rosar,
de todas as vezes que o meu peito foi amassado..
com um abraço contínuo e de grande apego.
Que saudade!
Das minhas manhãs mais sinceras,
dos meus dias mais saudosos..
de todos os amigos que sinto falta,
dos rostos que até mesmo são vultos,
e que nas ruas os vejo passar apressados.
Talvez de alguns a minha memória vã se desmanche
mas persiste aquele incitante sentimento..
de sentir eternas saudades, dos meus dias..
ah quanta lembrança... quanto sorrir.
Firme
que sempre vaga
a minha procura.
que sempre busca
o meu olhar..
que finjo nem ver,
que fico a calar.
Até te ver,
e te descobrir...
finalmente.
O que vi e não reconheci.
meu abraço querido,
meu corpo despido,
meu lapso de amor.
ele é meu sim,
ele é meu prazer,
minha vontade,
meu querer.
Ele é tudo..
que nele posso querer.
segunda-feira, novembro 24
Não
com tudo isso.
Eu não ligo,
pra nada disso.
Tenho a mim,
e a Deus..
pra meus desterros.
Eu odeio quem te faz mal
quem te joga num canto,
te faz de animal..
não respeita suas dores,
que são minhas dores de mortal!
Ah maldito seja!
o amor e suas peças,
coadjuvantes miseráveis,
sem papeis glamurosos,
sem saudades eternas,
sem lamentos bruscos..
nada é tão lamentável quanto amar.
nada é tão doloroso quando não amar.
E eu odeio quem te faz infeliz!
Quem rouba teu sorriso,sua luz.
Mas eu odeio odiar isso tudo,
porque me faz mal..
odiar tudo isso.
Entenda comigo.
Mas que bobagem..
tudo foi, tão bonito.
Era tudo verdade..
Mas agora é só lembrança,
e lembrança fica num baú,
você assopra de vez em quando..
só pra não deixar cair no esquecimento...
breve.
Novamente ela.
quando pode,
joga o anzol,
e puxa a presa.
Oportunista de primeira,
espera a melhor hora,
gira o molinete,
e traz a carne viva.
E corta o outro no meio.
Sem a menor culpa..
desgraçada.
sábado, novembro 22
Amores fáceis
Amores fáceis,dentre bares.São o ópio,da solidão.Abrasam o corpo,incendeiam a alma,mas não aquecem..o maldito coração.
Respostas
É teu coração duro,
é tua escolha aguda,
burra, burra..
nada de caminhos fáceis,
estrelas próximas
são enfadonhas.
não é a falta de tempo,
não é o jeito difícil..
é a falta de você,
dentro de ti.
Perguntas
só anda,
sozinha.
é por querer,
precaução
ou santidade?
falta de tempo,
de coração
ou por pura maldade?
Vais ficar para tia.
Minha amiga margem
Sonhos
De nada me valem esses sonhos esquisitos,
esses passos constantes em um buraco negro.
Não me sobram palavras e me faltam ouvidos,
pois não entendo..
E os abraços, ah sim.. eles são os piores,
tão reais e dolorosos, que nem a saudade
poderia tecer igual.
quinta-feira, novembro 20
Só e somente só.
A mim, em meus dias, em minhas palavras.. até que o egoísmo poético me falhe
Serei apenas em meus versos, como eles vão ser.. na minha vida.
E que tudo mais esqueça, que tudo mais possa se esvair..
só quero meu verso e eu, só a minha poesia à mim.
E vamos ser como sempre fomos, sem que o resto nos zangue,
que se façam palavras tristes e que os dias se cubram de azul.
Até nas horas que as palavras falhem, só o sentir não será em vão.
E seremos meu verso e eu, minha poesia e meus dedos, meus pensamentos,
meus dilemas, minhas dúvidas e teorias, minhas certezas incertas,
sobre qualquer dos esquecidos, os lembrados e balbuciados..
Que meus dias sejam cobertos, de mim em minha poesia..
esse meu canto exaltado, numa esfera esquecida..
chamada o eu de mim pra mim, onde ninguém entra.
Onde ninguém chega, só.. e somente só.. a minha poesia.
Não me importa
corri nos becos e travessias, pelas ruas da madrugada..
pelo horizonte perdido, pelo mar que te abraçou.
Ninguém me deu notícias da sua alma inquieta..
do seu olhar que me conhece, do seu caloroso sentir.
E eu fiquei a sua espera, sentada no meio fio.
E na rua do tempo passou tudo quanto era sentimento..
a paixão corria apressada, o amor eu nem enxergava..
mas veio a raiva e o rancor, veio a mágoa e a tristeza,
todo mundo no mesmo lugar, um atrás do outro...
Mas no fim meio escondido, meio tímido e recuado,
estava o carinho, pedindo que alguém o resgatasse.
Ele sim sobreviveu aos desterros dessa cidade.
E cruzou a avenida sob meus olhos.
E corri sem saber dos carros, atravessei sem saber da morte,
derrubei a mágoa, a raiva, o rancor e a tristeza.. e salvei o carinho das mãos do tempo.
O segurei com toda minha força, e deixei que o resto decaísse...
Não me importa.
..Ellen
Veneno
tão bonito,
quanto perigoso.
é muito abrasador,
teu ventre coração,
te cobre de calor.
e então lhe entorpece,
lhe joga onde quer,
e você só adormece..
num sonho azul,
coberto de estrelas,
que você não conhecia..
e depois o sonho termina,
a voz se cala, os olhos se abrem
e você percebe o problema.
O amor é um veneno,
que tem de ser sugado por completo..
para desaparecer.
E depois do que sobrou,
o amor se transformou..
no antídoto.
Pois do próprio amor,
é o veneno e a cura,
pra se sobreviver.
Com ele tudo dói,
sem ele não há nada..
Daquela forma
Nem me dizer, que o amor é ascendente e que meu caminho está sobre as flores.
Nem me lembrar, me contorcer de uma saudade vã.
Nem sequer, quero esquecer... pois lembrei antes disso.
Nem escrever na linha da vida uma poesia triste..
Nem regar, todas as manhãs as pétalas de minha esperança.
Muito menos resgatar de uma foto um sorriso que não sei mais sorrir,
já não sei como sorrir daquele jeito.
Cortando relações
o meu sorriso,
a minha alegria,
as minhas flores,
minha lucidez..
deixei de lado,
meus amigos,
minha vida,
meus amores,
minha esperança.
larguei tudo,
desde o dia,
em que me deixei.
quarta-feira, novembro 19
Madrugada
que não sei que horas são.
Não me importam os ponteiros,
se meus olhos me desrespeitam..
eles sim ditam a minha saída.
A cada dia adormeço mais tarde,
permaneço em mim,
e resumo todo o resto..
terça-feira, novembro 18
Te digo de amor
sem saber do mesmo.
Na boca os dias com um sabor,
mas ele nunca mais será o mesmo..
Eu falo, te digo.. acredite.
Mesmo que o nome,
seja conseguinte traição..
o amor venerado que morre,
a morte do amor que nasceu em vão.
E eu tento, te dizer
que acredites, meu querido.
Esse tal vício, esse mérito.
ou até descontentamento..
que chamam de amor.
Alguma coisa pra se apegar,
um sentir ou até mesmo calar..
que faz o peito sentir..
as vezes responder por nós.
E lá estará o que procuras,
ou o que desistira...
ou sabes lá mais o que.
Quinta de Gori
para que seus braços,
pudessem ser meus..
só meus.
Para que essa tua barba,
viesse a mim de súbito..
e a pele entrasse em alvoroço.
Para que esse teu cheiro,
pudesse ser com o meu..
uma mistura controversa.
Um agridoce a boca amiga..
Para que, meu bem
eu ousasse te ousar,
pudesse te amar,
como bem quisesse..
Ser sua de eiras e beiras,
até onde não se possa mais..
Bem...
Escondem muito mais,
que sílabas..
significados impossíveis..
sem a tal compreensão.
( sobre a nossa conversa...)
segunda-feira, novembro 17
Retrato fiel da (nossa) insanidade
" A loucura marca...Cria, rasga, grita
Derrama, destrói, esmaga
Ama, chora, deleita
Sinceriza as coisas mais insublimes
A loucura cria, recria, esquece
Lembra, entende, amadurece
Deixa livre o que quer que seja... "
Um brinde a nós, R. Loiola!
Cara de pau
Talvez a minha cara de pau,
possa lhe dizer, mais do que posso.
E lhe falar que sou assim,
desse mesmo jeito que imaginas.
Ou talvez não, não sou nada disso ou aquilo.
A minha cara de pau, nem sempre é
sinal, de autoconfiança.
As vezes, só é pra esconder..
essa tal insegurança.
Preocupations Ltda
faz comida
todo dia,
pra sua filha.
pergunta se esqueceu
alguma coisa,
talvez, o celular?
Se preocupa,
meio estranho
esse preocupar...
Talvez recobrar,
o tempo perdido.
Novecentos e noventa e nove.
e noventa
e nove.
Mais um
e estou
nas minhas
mil palavras.
Nas minhas,
mil poesias,
e poemas.
Nas minhas
mil faces,
e mil desterros.
Nas minhas,
mil alegrias
e mil desalegrias.
Nas minhas
mil loucuras
únicas.
Nas minhas
mil reivindicações
e desapegos.
Nas minhas
mil paixões
e amores falidos.
Nas minhas
mil saudades,
e saudades mais..
E mil!
Há mais mil coisas,
pra se fazer por aqui
pra se dizer por aqui.
Árvore dos céus
Hoje meu coração sorriu, finalmente.
Cafeinando
Línguas
Eu daqui, você daí, e nós acolá.
Como entender? Como falar?
Porque esqueci, só posso me calar.
Daí eu tento dizer, pode falar mais devagar?
E você enlaça novamente... a língua no meu pensar.
E eu fico, daqui.. tentando adivinhar.
domingo, novembro 16
O rei sem dedo
nunca existirá.
A mostra do rei sem dedo,
é o que realmente acerta.
O incerto lhe move,
a circunstância é um passo.
E se foi ou não um acerto,
ficou apenas, no passado.
E o mundo perfeito,
que fique onde está.
Existe algo compreensível..
nesse meu mundo imperfeito.
E que as circunstâncias sejam,
da forma que deseja..
o tempo.
Assim que puder
falam por mim.
e ainda nem começou,
o que está por vir..
o cansaço me consome,
para tudo não estou afim.
Mas isso vai acabar,
logo terá seu fim..
e voltarei a sorrir as tardes.
Juntas
passeamos pela cidade,
olhamos o mundo de verdade,
vemos as cores da vida..
trançamos ventos e letras,
cantamos sobre o mar,
falamos da vida com destreza,
admiramos o luar..
somos únicas nessa vida,
egoístas no pensar..
eu e minha chatice estamos juntas,
até o dia que ela de mim, se cansar.
Dont
e arranjou um capuccino.
Só queria um pouco de paz,
e arranjou um conversador.
Só queria ir embora,
e ele a chamara pra sair.
Só queria ficar quieta,
e ele foi-se embora ao perceber...
que ela não estava pra papo.
No shopping
Ninguém me vê ali deitada, o segurança não se importa,
o sorvete está sendo colocado, a música começa devagar..
as guirlandas estão no céus, a música é Natalina...
Papai noel chega de jeans, roupinha vermelha nas mãos,
me olha com espanto, óbvio. Estou quase morta no banco.
Fico lá, perceptível. Minha amiga no reflexo me olha de cara torta,
diz para que levante com o olhar, mas sou teimosa.
Então vindo a mim, fecho os olhos..
Engraçado é imaginar as pessoas passando,
por onde eu fico tão quieta, como é estranho perceber,
que poderia por alguns minutos um shopping ser tão calmo.
Novidade
As coisas vão mudar,
e eu sinto um sabor sincero..
de novidade.
Só o meu
só o meu lado
me fosse correto.
Só o meu ver,
a minha dor,
e o meu nariz.
Mas que egoísta..
sábado, novembro 15
Besterol
Pra que tanto esforço...
em te agradar.
Se você me ama,
do jeito que sou.
sexta-feira, novembro 14
Márcia
onde o Rio cresce de dia.
No começo do ano,
onde tudo se recria.
Márcia deixou seus filhos,
com quem pudera cria-los,
por um espaço de tempo
até que pudesse deporta-los.
Márcia,
é a ovelha negra,
mas nunca deixou,
de ser menos valorosa,
menos querida..
do que qualquer um.
Tulu
são lindos.
E eu amo,
seus olhos.
Gosto da ternura,
que seus olhos
tem por mim.
Gosto da lonjura,
que as vezes..
tens de mim..
Mas só gosto,
porque sei,
de pura certeza,
que me amas,
tanto quanto amo a ti.
Mercedes
mulher de força,
mulher de tantas..
de tantos anos passados.
O pão que tanto me dizes,
que tanto gosto..
a sua face rosada
e o seu sorriso acanhado.
Mercedes és linda,
e eu adoro teus abraços.
Guime!
carreguei no colo,
te cuidei, te guardei..
te ensinei alguns passos,
algumas palavras.
Te comprei doces,
e sorri por tuas palavras,
eras tão doce quanto o que compraras..
e hoje és um doce de menino,
como de outrora.
Paula
tia da perseverança.
Paula de rosto risonho,
e humor primaveril.
Paula de mil jeitos,
Paula de mil tarefas..
Quase uma Dulce,
dentre todas as tragédias..
és Paula, divina.
Ícaro
desde criança..
brigávamos tanto.
De olhos grandes,
cabelos castanhos
e humor conturbado.
Ícaro agora anjo caído,
derreteu suas asas..
e está voltando, pro passado.
Um presente necessário.
ESSE SOM!
Nunca vou deixar de ouvir,
nunca vou deixar de cantar,
nunca vai deixar de existir..
esse som na minha mente.
Indo
se tiver certeza.
mas a minha certeza,
é sempre incisiva..
e vou embora,
mais uma vez.
Entes
aqui perto de mim.
Não quero saber de saudade,
não quero preocupação..
todos juntos somos fortes,
podemos nos dar a mão.
Me faz feliz
ninguém pode impedir..
eu escrevo e escrevo sem parar,
tudo é tão importante,
quanto meu pensamento condiz.
E eu só posso colocar pra fora,
deixar que despeje..
esse amontoado de ideias loucas.
Que tanto me fazem feliz.
Nem quero
excitante,
incitante..
que me consome.
Que me deixa,
que me acerta,
e eu não posso..
fazer absolutamente nada.
E nem quero.
Antisociabilidade
só pra não conversar.
Mas que tipo de pessoa,
é assim?
Mas que vá a merda,
não estou afim de conversa.
E não me vem falar do tempo..
que hoje não to pra papo.
Só quero chegar logo em casa,
pra dormir na minha cama..
ahh, que saudade da minha cama..
quinta-feira, novembro 13
Se viesse de volta pra cá, se fosse me embora pra lá...
de pensar como seria,
a morte.
Se dolorosa ou indolor,
se mentirosa ou fruta cor,
a minha vida no além.
Cantaria, dançaria
Ou viveria em outrem?
Passaria a eternidade..
a vagar pelo mundo,
o mundo mais sombrio de todos,
o mundo dos homens.
Seria uma alma penada,
uma alma despida,
uma alma atormentada?
Puxaria o pé de alguém,
seria um espectro de ninguém,
ou vagaria pelo infinito?
Minha morte seria breve,
ou perderia aos poucos o sentido?
Talvez um anjo me tornaria,
mas que ousadia minha,
me santificar assim.
Talvez o diabo me sustentasse,
me chamasse pro inferno
e eu fosse sem resmungar.
Viver em caldeirões ardentes,
plantando e colhendo sementes..
que já nasceriam estragadas.
Ou os céus iriam me aceitar!
Essa alma pecadora... esse meu serzinho infeliz.
E meu pai iria falar,
minha filha és bem vinda.. aqui é teu lar.
E seria a minha vida, quer dizer..
a pós vida, um eterno debruçar.
Ainda sim seria louca, louca de imaginar..
como seria a minha vida,
se pudesse pra terra voltar?
É verdade
sou uma errante compulsiva.
Erro e tropeço em minha vida,
só faço merda, só quebro a cara.
E volto, e retorno.. tento tudo que posso,
vou com tudo que tenho,
pra tentar consertar..
outra merda que fiz.
É a mais pura verdade...
Sobre burrices
quando cruzo a avenida,
e espero que a sua mão
me dê a mão...
pura tolice.
burrice apaziguada,
quando chego no destino,
sorrio pra porta ao abrir,
e você está de costas!
mas não era você ao virar,
mais uma, derrota...
burrice costumeira,
sempre ouço a sua voz,
fico com medo de olhar pra trás,
e um dia ser de verdade.
Mas nunca é.
burrice literária,
pois queria lhe contar,
lhe dizer, lhe falar..
que hoje vi um pouco de ti,
naquele livro de fulano.
burrice diária,
que visito sua casa,
mas me escondo nas frestas,
eu não quero que me veja...
já que nem podes mais me ver,
não podes mais.
burrice no ponto,
eu espero o meu ônibus,
e sempre vejo os casais..
e você não está lá,
pra se despedir em pranto..
como eu fico ao observar.
Que só a burrice me acompanha
Tabelionato
algo que não sou.
Não tente me fazer assinar,
no que não posso ler.
Nem tente me enganar..
que eu jamais vou corresponder.
A minha palavra é simples,
e dessa forma de vida,
eu não quero nem saber.