quarta-feira, dezembro 29

Notas de um dia solitario IV

Vivo do silêncio
onde digo-me injurias
e conto piadas infames.


Choro minhas dores
e fortaleço meu coração.


Vivo do silêncio,
pois o preencho de mim,
a quem tão necessito.

Notas de um dia solitario III

Poderia eu fazer parte de qualquer que seja?
Velar-me o sono, beijar-me a face adormecida...

Como em um brinquedo, montar suas peças
cada finalidade de encaixar um final conexo.

Poderia eu fazer parte?
Sendo que falta-me um pedaço,
onde desencaixo o arranjo.....

Notas de um dia solitario II

foi-se sem glória, sem contar da minha hora
não lestes meu recado, tola forma de adorar-te.


presumo que fostes, por invencíveis modos
sem amor ou piedade, caístes em tua palavra.


não há sabor mais ácido, talvez em toda sua amargura
sentir o gosto permanente da desilusão.

Notas de um dia solitario

no perpétuo de meu amor,
quem fui, se não fosses,
e de que me eras,
dura realidade.



no desapego de teus dias,
fui a perdida falta,
resposta e indulgente,
mas não és religioso...


para coibir meus dias,
contei-me mentiras,
e fui ao cercado alheio
pisei na grama vizinha.. pedi-me.



do mais que me espera,
estar sozinha é necessário
e para mim precioso,
onde reinvento meu amor.

terça-feira, dezembro 14

Mais uma vez.

Nada mais que absurdo,
espero o que virá.
Não me poupo de dizeres,
mas me poupo de falar.