quarta-feira, novembro 28

Para si

Mais uma vez, tentei
Sobre todas as formas.
É estranho sobreviver assim
Num mar desilusões e tormentos.

Simples mesmo é esquecer
Beber do cálice da longevidade
Pensar em um futuro sem expectativas
Sem medo, e provavelmente sem dor.

Uma, duas, três vezes em vão.
Era demais para seu frágil coração.
Trazer todo amor para si
E doar tudo em vão.

A resposta está no calice
O mesmo no qual se afogará
No esquecimento há um tempo
Tempo para se pensar.

Agora não mais existe medo
Só a vontade de respirar.
Para voltar ao que se era antes
E dificilmente, quem sabe.. amar.

terça-feira, novembro 27

Caia!

Entre por aquela porta agora
diga-me o que eu quero ouvir.
Me beije e mude meu rumo
me abstenha de viver em vão
Me tome o folego como se fosse a última vez.
Eu quero o seu abraço mais apertado
pra sentir seu coração batendo acelerado, junto ao meu.
Olhar nos teus olhos e ver tudo de uma vez,
O amor mais sincero
O carinho que preciso
E a paixão, ahhh a paixão...
Recobrar a consciência é meio dificil
No meio de um mar de sentimentos frenéticos.
Sempre que o nosso beijo é longo
Sinto minhas pernas tremulas, um formigar
nas pontas dos dedos e as borboletas que
tanto falam por aí.
Elas voam de um lado ao outro, sem cessar
Borboletas essas que por favor,
não parem de voar.

quinta-feira, novembro 22

Mais um discurso em vão

Mais uma vez ele chega e rapidamente vai embora.
Seus olhos já não mas brilham como antigamente
quando enxergava-se um ser humano neles. Agora, são opacos e em
sua face não mais demonstra sentimento algum.
As vezes, percebo sua inquietude. Vai de um lado
ao outro da casa, rastejando pelos cantos
sempre à procura de algo para destruir.
Nunca está satisfeito, a não ser que se consiga
lhe proporcionar a mais enriquecedora das alegrias, o êxtase
da sua alma, que só e somente só se demonstra através
de cenas onde ele é o vencedor, o venerado e simplesmente
a figura de um marajá descrito em um mero homem.
Lhe pergunta se é feliz e sem mais nem menos fala
sobre suas conquistas na vida, não lhe diz quem é e
muito menos pelo que passou em sua vida. Já se perdeu
sobre seu palco psiquico.
Só o que lhe importa é o que conquistou, seu lar, suas posses e quem
sabe a posse sobre as pessoas que conseguiu controlar.
Vislumbra um mundo que não existe, onde como sempre venerado
jamais busca nos olhos dos outros a rejeição e por mais
orgulhoso que seja, ainda deseja que aqueles mesmos olhos
brilhem com sua presença.
Seria pretensão demais ? Não para ele, afinal era ele
o dono de toda e qualquer situação.
Não há idéias contraditórias nem vinculos afetivos
existe e persiste apenas a lei daquele que é mais forte
mais ofensivo e demasiadamente frio.