terça-feira, setembro 28

Para ser - II

Há em tudo que me rodeia,
um pouco do que já sou,
e se tudo que existe me permeia,
sou o que deveria ser,
estou onde deveria estar.

Para ser

Eu pensaria a cada vez que fosse dizer,
e diria a cada vez que fosse fazer,
faria cada vez que fosse falar,
para pensar..... para dizer..
para ser.

quinta-feira, setembro 23

Recuar



Eu falo com medo de dizer o mais,

se digo com a cantiga é quando me dói mais,
porque escondido aqui dentro tudo fica desperto,
e eu espero um dia recuar.

terça-feira, setembro 21

Tolice

Já passam uns dias,
e a tolice continua,
persistindo no acaso,
da preguiça amiga.....

domingo, setembro 12

música para mim

O inesperado,
esperado
está perdido.


Nessas manhãs,
que me afronto diariamente.
Olhando para as partes,
para vir-me toda.



O inesperado,
esperado..
está morto.


Perdido nas manhãs.

Minha maldade III

Preciso dizer-te,
como jamais diria,
e se pudesse,
que menti em arbustos,
me escondi por lá,
travei minhas batalhas,
no escuro das folhas,
que me permitiam pensar.


Eu preciso lhe contar,
que falei alto e em bom som,
que teu peito morresse falho,
e que fosse a minha espada viva,
cortando a tua alma.


Mas era tudo mentira,
que dizer era o bastante,
mentir para si mesmo,
mentir em vão.

Minha maldade II

Contei nos minutos,
o que faria,
se preveria,
o fato maldoso.

escalei as montanhas,
de pedras afiadas,
e joguei tudo a baixo

acabando com a vila.

Minha maldade

A minha maldade as vezes me diz,
que não posso ser boa como preciso,
que penso, inexistente espaço,
onde mato, onde morro, pouco a pouco.

Setembro

Já é Setembro em meu coração,
e a minha vida se permite a falar,
que os dias passam, as coisas mudam
as vezes, pra variar.
de nada vale toda essa euforia,
no despertar das horas,
desprendemos nossas falas.
esquecemos das palavras,
que dizíamos com frequência,
tão ditas pra falar,
tão fracas de dizer.

Outros planos

não gosto mais do gosto,
do que me atraía.
é de certo que não,
minha língua rejeita.
minha fala não diz,
pois estou ocupada,
traçando outros planos.
não gosto mais do gosto,
sincero e impermissivo,
de dizer de mim.

domingo, setembro 5

como a vida

primeiro não se sente,
no que existe.
o falecido comando,
extinto.
depois a dor, com prazer,
e dor, novamente.
pense em não se mover,
e estremece, antes de recobrar.
recobrar os movimentos,
sentir circular,
de volta ao controle.

Ademais

Penso que usamos de todos os artifícios para produzir algo maior.
e que dessas fases, dessas ferramentas a vida partirá e existirá futuramente.
o fragmento será reabilitado, retornando a perfeição.
se é que perdidos, achando soluções aos poucos.

todas as palavras serão parecidas, e a voz substituída.
você poderá tocar a si mesmo, e da pele amarga nada lhe dirá.
sua vida será agora a extensão de tudo, e externa migrará para fontes.

as habilidades juntas, tanto conhecimento convergido.
e serão maiores aqueles que puderem prever,
todas as dimensões do inexistente, inapto agora.

poderemos recobrar nossas lembranças, viver nos diminutos,
saber do irreal a atroz, como se soubéssemos de toda fragilidade.

recursos, maleaveis e persistentes. encontre seu destino em mundos,
afunde nas suas convicções, permita subir as margens se preciso,
contudo, resista a sua alma viva. contemple seu santuário, respeite seus limites.


se existirem.