domingo, outubro 14

No more?

Olhar para cada pedacinho da casa, era lembrar um
pouco daqueles dias tão calmos.
As pernas se encontravam, a pele era suave e delicada. Essas lembraças
lhe deixavam cada vez mais perdida.
Se não houvesse amor, por que estaria
lembrando a todo tempo dos pedacinhos de momentos espalhados
por todos os cantos?
A cama lhe era vazia, já não sentia o gosto do beijo em seus

lábios e ao acordar, não ganhara mais um beijo e um abraço apertado,
coisas que lhe faziam seguir em frente.
O barulho da campainha era esperançoso, o cachorro sempre ia ver
quem estaria lá, e também esperava o mesmo, e que fosse ele.
Dormir sem estar em seus braços era doloroso, vazio e insustentável,

rolava na cama até as três da manha, para quem sabe assim, pudesse
dormir um pouco. Se olha no espelho e vê em seus olhos a
saudade que lhe consome, apesar de saber que agora se deve
seguir um caminho solitário.
Pensa um pouco sobre o caminho que irá fazer, o estudo,

o trabalho e como é difícil. O difícil e pensar na vida sem existir
aquele nome na sua vida, aquele beijo em seus lábios e aquela
voz falando baixinho em seus ouvidos.
Mas o fácil é dizer no more, e seguir em frente tentando fugir a

cada dia da sua saudade.
Quem sabe fugir?

Pra bem longe, se possível.

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