segunda-feira, agosto 17

Nota de dois tempos amadores

Ontem comecei a travar uma bela luta, e enchi-me de esperança contra meus diabos. Passei duas horas tentando compreender meu inimigo, duas horas poucas, duas horas bobas. Duas horas não me foram nada, além do perceber de pura imprudência. Não se analisa nada de imediato, não se tira conclusão alguma de rapidez. A não ser, a velocidade em si.
E então, como progredir do poço de minhas intromissões? Se lá, no fundo do significado que é ser e estar, estão também um mundo de interpretações. Se sou porque meus acertos e minhas falhas me produziram. Reproduzem-se as dúvidas. A água reclusa apodrece em si ou resvai no extrair dos baldes? Respingos só contam histórias de morte precoce. De morrer já me canso em pensamento, não dá morte morrida, mas da morte do pensamento. Por quantas vezes morreu uma ideia, faleceu um conduzir brilhoso, um suntuoso sentir. E quanto as próximas, que sejam sedentas de viver, por favor. E como caminhar no desviar de minhas intromissões? Como meus diabos retratam seu espaço maduro e conciso, pode também realizar-se o recriar. Ponderar, talvez.

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