sexta-feira, junho 25

O Exercício




O mais difícil,
do esforço,
é a força, aplicada.


Força mais,
que mais distinta,
do que conheces.


E contornas,
ou tentas,
na força que aplicas,
as imperfeições,


todas elas.

domingo, junho 20

As duas da manhã tudo é diferente.

Outro dia mais, cozinhando minha alma,
preparando um estepe, uma dúvida perpetua.
Esperando ficar pronto, posto meus vinte e dois anos,
e sendo em outro mundo.


Eu não gosto mais de nada disso e pormenores...
gosto de dizer o que não sou, e se as vezes sou, é porque eu também sei errar.
Sei andar e partilhar das pedras, perder o ônibus e amores,
não estudar a prática de ser melhor e deduzir que as visões são verdades.
Nada mais de atrativos bobos, gosto mesmo é de respirar fundo,
e do cansaço da exaustão. Apesar de tanto evita-la.


Não consigo imaginar minha vida sem desdenho,
pois as vezes nem mais serve... dizer que se pode colaborar.
Algumas coisas são perdidas, esquecidas no mais bravo de nossos meios,
e nem dizemos a todas essas pessoas, o quanto se foi perdido.
Das demais coisas da vida, somos sempre essas pessoas,
tão completas e astutas, melhores. Não somos nada disso mesmo.


Nada que possa mudar para sempre, todo esse pensamento pobre,
de viver em outros planos...

A direita .

Jajá peço desculpas, a todas as minhas faltas.
De jamais poder juntar minhas dívidas,
as falhas de acontecer e ser acontecido.
Desculpas não me dizem e nem te ajudam,
só machucam nossas mãos unidas.
Podemos mais quando calados?
Mais sinceros que medíocres.
Mais distantes de feri-los.

A culpa

a culpa,

corajosa e destemida,
minhas palavras,
pois de nada,
valem todas.

covardes.

De volta a Saturno - Ser.

Postos dias de Saturno, e que retornas, não mais. Ficais no mundo das rotas perdidas, comungando a velha maneira podre. Regido pelos mais tórridos sentimentos, brutos todos, passando pelos seus olhos tão ternos. A aspereza de sua social, nem requer quem quer que seja a tuas vistas, é o mais solitário dos prazeres. Amargando a sua vitória, vitória alguma de todos esses anos. Falhando na incubencia de viver a vida de todos e todos viverem na sua vida. Participar, aceitar, mudar.... mudar para quem nada requer é caos. Só quando vive de tuas terras, mudando em Saturno cada vez por meia vez. Já não se sabe dizer quem passa nessa vida perto, tão perto de descobrir quem é de verdade, nem se pisa com tanta força e nem enraízas as palavras de ser como se é. Nada muda para ser quem somos, tudo que somos é mudar para todo e todo sempre. Indo e voltando de todas essas vidas, todos esses planetas esquecidos. Tão lembrados quanto foram algum dia.

É de tudo.

são tantas as vezes de dizer,
por mais absurdas, ditas.
e menos veneradas, palavras.


é tudo a ser o que não sou,
da fraqueza de se ser.
comunhão de toda passagem.


são tantas as vezes de dizer,
que falar é um tanto constrangedor,
tímidas vezes de se dizer a verdade.


é tudo a ser o que não é,
da ligeira maneira de fugir.
não se sabe o prazer de calar.


são tantas as vezes de dizer,
que se espalham murmúrios,
nos olhos de quem não disse.


é tudo a ser o que não foi,
do olhar de muitos dizeres,
não se diz a boa e velha maneira.

quarta-feira, junho 9

Notas para descrever I

Já perdi meu olhar nas ruas,
e deixei cada pedaço de mim nos arames..
o que era da minha, fora.
Agora é só esquecido.

terça-feira, junho 1

Eis que todos

eis que nos moldamos,
filtramos, nos tornamos
e somos, todos os dias.

Naquilo que reside,
e que incide, latente
permanece, incluso
vertente, conciso.

Pois somos,
todos os dias
filtramos,
moldamos..

eis que todos....

Procrastinar




Sei que bebo de tua saudade,
assim como rogo por sua existência.
Resistência de tua passada, tua chegada
tua eterna presença.

Sei que arrumo meus lençóis,
desarrumo meus poemas,
num vacilo dos dias, para esquecer-te
permaneço em minhas dúvidas.

Sei que jogo meus pedidos,
nas árvores de tua existência,
e confirmo minha presença,
em tua falta de verdade.