domingo, julho 24

Circulando

Fazemos amor porque ainda nos resta a vontade, única maneira de dizer que um dia tivemos um ao outro, e nunca fomos nós. Nunca a não ser em nossas palavras, fomos um do outro. E não obstante de esquecer-te como sempre esqueci, como sempre lembrei e esqueci novamente, você surge para me dizer as verdades que meus dias sempre andam a brincar com suas conversas rápidas. Me dizem aos ouvidos, tão próximos que quase não compreendo a proximidade do falar; sussurrando algum jeito de explicar-me que estou sempre circulando sob tudo que me alimenta.

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