quinta-feira, março 26

Malditas horas

Malditas horas regentes do lacre de minha memória,
onde fui e tu fostes, fomos quem poderíamos ser.
Os minutos dos teus beijos nas manhãs, e o silêncio.

Maldito tempo que toma de mim qualquer gosto,
mas disposto é meu sentir, mas não sinto.
Ainda que a pele exale a saudade em contragosto.

Malditas vias temporais que sussurram meu nome,
a um tempo perdido onde a vida se mostrou,
se despiu de minha tristeza, e viveu em si, orgulhosa.

Malditas horas que me confinam ao temor de ser só.

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