segunda-feira, abril 20

Plataforma do submundo.

Eis aqui do mundo, pedaço do mundo de lá
aqui de cima, imundice,sujeira da rejeita cidade,
alta ou baixa, mestiça e cruel..

nojeira da vida alheia, da sua... minha.
Complemento. Somos do mesmo, único.
Transformismo, conformismo..
descer, migrar, nos degraus estou.
emergir em avesso, decair..
Passo do passo que meus pés definem,
sou título de meu balbuciar, repito o imprevisto,
visto em decadência.


E escorre nas esteiras dos pés, a água,
amargura dos céus. De limpa, aguda aos regentes terrais,
escorre, discorre sobre meus olhos.
De que me valem as valas?
Entupido residir de minha esperança.
De baixo sobrevivo de meu esperar,
braços cruzados, olhos perdidos.
Submundo contrário, de tanta altiva vida.
Tanta atividade, o andar em ciclos desiguais.


A cidade é o temor dos emergentes,
a cidade é o tremor dos sobreviventes...
e eu?
Sou o chão que respira tão pouco,
nada esvai de sua petrificada forma.

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