sábado, outubro 24

Sono

Está chovendo, mas aqui dentro está tão abafado. Posso sentir a carga pesada no ar, o peso de respirar essa massa quente. Depois das onze não abro mais a janela, das frestas é tudo que se refresca. Tenho medo. Já não tenho nove anos e pulo de pontes sem sentido, meus deslizes são mais perigosos e minhas pontes traiçoeiras. Penso em beber água, vou pra cama. Deito e reflito sobre a vida como se fosse minha última chance, impune. Como é difícil pensar nessa densidade. Rejeito os primeiros, decoro os segundos e no terceiro, finalmente durmo. Daí pra frente tudo se acalma. Tudo faz sentido...

2 comentários:

Lília R. disse...

...estou exatamente igual assim hoje...

sorte ou azar?

Lília R. disse...

...estou exatamente igual assim hoje...

sorte ou azar?