segunda-feira, fevereiro 23

Ao valor de todas as coisas

Ao valor de tudo que nos cerca, talvez jamais se saiba o quanto. Mas talvez buscar o infinito em todas essas confusas lembranças, possa no material recriando o imaterial, ou do mesmo recriando sua suntuosa fonte. Do vívido das cores e pálido tempo inserido, pois nas cores vivas está a lembrança e também no pálido, o transcorrer do microfilme. O passado instintivo e o futuro fato, quem dirá que viva não é a lembrança e tempo algum cobiçará o recordar ao ponto de doma-lo. E exaurir todas essas coisas do profundo significado, é moderar-se de troféus. No ímpeto, a calma e singela conexão com o que passara, é introspecção.. e se busca nos cenotes da alma, o fluir dessa condição resguardada. Eclodindo em papéis, mechas de um cabelo, pétalas, fotografias... em um ranger de pisos,em um frio imaculado, em um nome gentil, mar poente de choro, em um anel de prata ou em uma paisagem de real vivência. O que seriam das lembranças, se não fossem seus objetos, se não fossem de tudo em si, uma conjunção perfeita. Mesmo que falhem através do tempo, que se percam em si mesmos através dos anos, que a validade de seus dias corte a fita da chegada, que não.. não se perca jamais o instruir de nossa condição de memória, de saudade ou até de amargor, pois tudo toca o sol da lembrança. Tudo toca através do valor de todo esse, todo esse catalisador da memória.

Um comentário:

Lília R. disse...

caralho! desculpa, mas póha! tu escreveu [novamente] o que eu precisava escrever e não consegui. =p