segunda-feira, fevereiro 9

A pipa

Há tempo escrevi,
sobre minha imprecisão,
essa visão do mundo
sobre o voo da pipa.

Um fio agudo,
singelo flanador,
arranjo do liberto,
presídio do mesmo.
Amarela contundente,
de sorriso juvenil...
sobe simples,
sobe leve,
dança sobre o céu.

Que astuto,
mundo inteiro,
poderá responder..
a pipa voa liberta,
ou está presa?
Se o mesmo que lhe incita,
lhe conduz ao retorno,
dispõe o infinito,
e lhe toma, liberdade.

Sobe pipa, sobe linda.
Arranha em oito, contundente,
o céu azul de tempos vis,
de tanto mundo passado.
De tanto passado mundo,
o mudo perguntar.

Mas possa ser,
mera.. pura ilusão,
pois a pipa que voa no céu,
nem sequer saiu do chão...
Pois seu fio é parte de si,
lhe contém a ventania,
lhe concede dobradura,
pois no céu se desprende.

E de destreza,
mero vento contínuo,
de fio a fio, pipa amiga..

O que te desprende,
o que te liberta,
o que lhe toma,
te assegura,
e assim lhe traz segura,
de volta.

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