segunda-feira, setembro 19

Capitulo II

Acordou desajeitada, parecia irreal a falta de entendimento. O mundo lhe enxergava como seus olhos lhe mereciam; distorcidos. Levantou cortando mais um espaço de tempo, que com sua alma erguia um pilar inquieto. No chão os pés prendiam seu corpo, seu agora corpo de meio metro. Não sabe ao certo a que veio despertar, e de longe batia na porta do entendimento, sem resposta. Sentia na claridade a força do inesperado, e na escura noite, um apelo. Algo pulsava em seu existir.
Como se jamais soubesse que existira, vivia cercando sua alma de inverdades. Como cheiros e gostos, prazeres e sentimentos. Sentia-se vazia. Como se enchesse suas mãos de água, e visse dentre os dedos derramar o que era verdade. Ou parecia.
Olhava para a imagem viva, como se olhasse um espelho dagua, sua superfície liquida transpaçara linhas imaginarias, e em seu mais profundo, somente águas desconhecidas. Um tanto quanto para si mesma, mergulhou a sua procura e no longe que é o conhecer-se, perdeu o rumo em um de seus mundos. Agora começaria a história.

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