domingo, agosto 7

Sobre ela

Penso em ti como debulho meus olhos por não amar-te severamente. Que parte de mim oscila dizendo pertencer a ti, e parte de mim regenera as dores as quais não compreendo. Que tipo de amor é esse que encubro como folhas densas, e que na sombra de tua existência passo a cantar-te mil canções. Como é participar desse mundo inexistente, se aqui, existes viva e clemente. Como sentes falta da minha alma juntar-se a tua, como no passado fomos uma e perdemos a crença em nossa união. Se um dia ao qual esqueci de como te-la sob meus olhos é importante, é que esqueci também da própria existência, ao qual me lanço a procurar-me nos cantos. Você me dizia como morar na casa de Deus, e aprendi a passear por sua casa, mas manter a saudade de sua existência em meu coração. Como aprendi a clamar pela felicidade e não deixa-la como uma vela a ser extinta. A força que brota de meu coração devo a cara lágrima que teus olhos nunca a mim foram verdade, onde não exercito tal força com a mesma intensidade, pois a mim as lágrimas são companheiras audazes. Penso que sua beleza a toma ainda, a vejo livre de espantosos anos, como por outras consigo enxergar a velhice aguda. Talvez não acompanhes o mundo como o vejo, e de certo que não, mas, vestes uma capa fria de coisas que aprendeu, de vidas que viveu e de uma coragem de mulher altiva. Passei muitos anos a feri-la, e ainda o faço sem escolhas mais fáceis, e não perdoo meus dias por mante-la longe. Admiro o quanto tornas a vida real, sob a dor de tudo que lhe foi julgado, penso que és uma fortaleza de pés pequenos, mas sei também de tuas águas delicadas. Entendes tão bem a minha alma que força-me a esconder-te que sabes, para que finde em paz e talvez orgulhosa de tua cria.

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