terça-feira, agosto 16

Sobre os sonhos II

Não acredito na única coisa que me parece verdade. E se sigo descrente ao mais palpável da vida, como posso mover-me lúcida?
Quantas vezes desaprovei o mundo em que vivemos, e disse-me em meu mais íntimo; acorda-te. Contei nos dedos as vezes que senti a vida pelas mãos, e que segura a hora em que tomaram meus dedos eu fui única e celebre em meus dias. Quanto custa para sentir-se vivo de verdade? Custa cada segundo em que se respira, você vive e habita em seu corpo solitário. Vive e habita outros corpos solitários, sozinhos de todos nós.

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