quinta-feira, agosto 4

nada mais

não estive vivendo nada disso a que penso que existo. não engulo o chão que piso como não abraço a a voz viva do mundo. se me fere e me ofende os olhos, se me persigo a cada instante nas paredes das cidades, se a cada gota de minha essência tudo se esvai por um segundo, como poderia viver tudo isso e nem sequer perceber a minha ida? estou e não consigo mais manter a minha mente viva, tão viva quanto penso que estou. que dilema é esse que contrasta com essa parte minha que dói, essa parte que cheira e que enxerga. como sequer prever o acontecido, e romper com tudo aquilo que acredito, sem acreditar na viva promessa. essas coisas já me dizem muito sobre o que sou, e estou ficando louca a cada segundo que me sinto parte. eu olho o mundo como o mundo me vê, cheio de promessas e dividas não pagas, como meu próprio corpo promete aquilo que esvairá com o tempo. vou perdurar pelos anos em que ainda conseguir extinguir aquilo que me pertence, em verdade todas as minhas maldades cairão sobe este mundo. todas as minhas bondades seguirão intactas, tanto quanto no vazio do que me tornar prossiga o eco de um grande espaço, pedindo um pouco mais. não vou arrumar estas palavras, pois nada aqui é certo ou errado, é tudo que existe nesse momento ao qual escrevo. nada mais.

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