domingo, julho 20

Estremeci

Estremeci,
ao receber em mãos aquilo que jamais poderia. Eram as tuas palavras, sérias e encorpadas, de quem sente minha falta. Eram naquelas controvérsias vírgulas, a tua esperança, tua dividida e pequenina.. esperança contida. Nas tuas longas frases, diminutas circunstâncias que assolam meus dias e que temo pelo retorno. Talvez na inocência, dos meus olhos a lacrimejar, a amplitude de minha tristeza. Mas eram nas tuas palavras que escondiam minhas verdades, as tuas verdades, longe de mim.
E ao fechar a tua carta, esqueci como esquecer, lembrei de como palavras são doces, mas breves são as minhas, ao responder-te.
E estremeci, novamente.

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