quarta-feira, julho 30

Para quê?

Para quê,
dizer que te sinto,
que te sinto tanta falta,
e a falta que sinto, até
me dói, me arranha...

Para quê,
olhar ao final do dia,
enfim outra alegria..
do sol que se pôs
sem que pudesse ver...

Para quê,
mandar cartas formais,
se nem sequer a um dia atrás..
pude dizer-te adeus.

Para quê,
toda essa nostalgia,
se nem sinto alegria,
quando sinto falta.

Para quê,
todo esse raiar do dia,
esse sol e essa euforia,
se não me encontrei.

Para quê,
fingir compensar a tristeza,
viver de bela e forma, dureza..
de encontro a solidão.

E enfim, para quê
me digas enfim
escrever moinhos de vento
a um mar que se perde
ao longo corte azul.

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