quinta-feira, setembro 25

Festa

Cantou, dançou e bebeu. Viveu como nunca, jamais pudera. Pudera de fato, ser.
Subiu na mesa um pouco tonta, e disse a todos em alto e bom som; quem puder ser que me diga! me diga, se puder... Há quem dissesse loucura, pensasse solidão e há quem, alguém enfim que simplesmente não visse mais um show bêbado. E recostou-se sobre o vão, a vã cadeira lhe derrubara. Ou derrubou a si como visse, ou não enxergasse, nada via de fato. Do chão não passara, ao teto olhou o infinito e logo, o finito das cabeças que se juntavam para saber de seu apogeu. E não levanta, lá ficara. De modo que quisesse, nada dizia e tudo falara. Falou sobre o mundo, depois de dizer poucas, os olhos diziam tudo. E deslizavam as gotas até o chão, e sorrir de imediato era confusão e chorar alto era nostalgia, quem diria.. quem diria. E tudo ficou onde devia, levantou e foi pro banheiro viver mais uma alegria. Jogou até a alma pra fora, e deu descarga, voltou e assumiu o controle, mas nada, nada de escada.

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