terça-feira, agosto 5

Sono lunar

Meus sonhos divertem,
os pulos no colchão.
No ar sou única,
e o vento acompanho.
No leve de minhas cores,
passeio em algodão,
abraço o infinito,
amo essa entrega.

E me reviro na cama,
travesseiro apertado,
comprimindo a dúvida,
retorcendo o coitado.

Voando bem alto,
quase nas estrelas,
faíscas pequenas,
azuis como seus olhos.
Esqueço sua face,
relembro tua voz,
dizendo em doce amor,
aquilo que não se diz mais.

O cobertor escorregou,
no chão se instalou,
acordo com frio,
e o puxo sem paciência.

Cai do céu anil,
em terras frias.
Corri até uma casa,
que dividiu comigo sua solidão.

Voltei ao sono lunar,
mas esqueci a senha,
para voltar a minhas andanças,
de retorno ao céu azul.

Nenhum comentário: