sexta-feira, agosto 29

O Sabor de Eros

Tanto estorno de corpos vis, até as bacias de lemes apertados e encontras seu ímpeto na nudez, descobres o fruto do ventre escondido.. a sua demência e satisfação.
Contorce os ventos por reclamar, não encontras nas cores, aromas e corpos... o sabor do seu bem maior. Não há fruta tão deliciosa e bem feita.. que reconstrua o amargar do fim da fruta proibida, recolhida em seu coração. E tomas a boca o sabor que não reconheces e a língua formiga de saudade.
Os cantos de seu corpo estremecem, pedindo, balindo de um gosto austero. Mas traz ao paladar o gosto sacro, do certo e divino gosto, correto. E devoras em outros pomares, tudo que engordar o seu prazer. E a boca mastiga o intempestivo, saliva de imediato a boca traidora. Mas a garganta se contorce para engolir, o fel, o mel... do gosto falível da satisfação.

Um comentário:

Duda Bastos disse...

É como dizer apropriando o tema: "De fuder" o Poema.