sexta-feira, agosto 1

Piero

Piero e seus muitos amores,
amores da vida, coisas bonitas
que ele adorava perceber.

A beleza o encanta de formas peculiares,
tudo posto em outrem, não por conjunção
mas por singularidade.

As mulheres são seus olhos,
quase juntos permanecem
e seus sais reagem a mistura,
quando os dois se encontram.

Mas Piero era um cara solitário,
daqueles de bares austeros,
de grana enxuta, de moço que esquece o pão.

Não conseguia amar,
nem sequer um pano de chão.
Apesar de dedilhar,
seus amores em canção,

Piero era platônico,
tudo ao tato lhe era vão.
Só se cobria de eternas saudades,
para não sofrer, quem sabe.. em vão.

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