domingo, agosto 24

Garça

Garça solitária,
de onde surgiu e desceu as veias da orla?
Nesse pantanal soteropolitano,
arranjo do branco em meio escuro.
Desde sempre eras ilusão, desde
sempre deslumbre.. do não acreditar
em dúvida, por achar impossível acontecer.

Garça solitária das veias negras,
porque sempre te escondes?
vagas pelo verde das margens,
e se mantém parada por dias...
branca como neve, de bico fino e
claustrofóbico, teme o que quer
que seja balanço e foge quando pode.

Mas sou contente,
de ve-la resistir aos dias.
Por tantos dias, meses
que a vejo vagar solitária..
parada em meio ao mundo que corre,
que corre e tropeça... no tempo.

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