terça-feira, maio 13

Desabe.

Tá chovendo de novo, chove fininho e implícito.
Daquela que segue por horas se arrastando,
dedilhando seu delicado tocar onde desate.
E chove, sem cessar. Como um frescor no ar,
com um frio de saudade. Quando chove as
certezas não existem, o que tomas nome é a solidão.
E se chove em demasia lá fora, por aqui se derruba tempestade.
E o mar na chuva não é calmaria, e a água não escorre,
se acumula em mais água, mais pranto do céu.
Quando chove diminui a persistência, frestas não se abrem.
Mas quando chove é de minuto consequência, de todo calor
que jamais é em prosseguir, forte.
E prefiro que não chova de fininho, que as gotas sejam
robustas e fortes, que lave a falta do que faltar.. a incerteza no caminho.

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