terça-feira, maio 13

E a verdade dói.

E me é cansativa a espera,
e resido triste e desapontada..
que nem consigo sequer falar.
Minúscula de mim, órfã de outrem
amena de todo o resto.
Tão magoada e frágil, em
cárcere dos lábios, aparento-me
feliz mas ao adormecer nem
mais me digo, não discordo,
não aceito nem vou aferir.
Nem consigo me levantar.
e me pego tão incapaz,
que foge qualquer saída,
descrente e mal avisada,
sem segurança,certeza e vida.
Estou tão impotente,
que nem o chorar é meu,
é de alguém que insiste aqui,
onde a vida me faz recolher.
e a cada gota de sal,
a cada torcer do nariz,
as bochechas vermelhas
e o queixo que se contorce.
e o choro não vai ajudar,
a tristeza não vai afagar,
as mãos não tem onde firmar,
e segurar a tal esperança.
Fujo e volto a cada segundo,
não posso mais convencer,
de que se pode fazer o necessário
assim, que pare de sofrer.


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