domingo, dezembro 16

Detalhe

Minhas costas vão ao chão próximo a piscina,
meus braços recostam-se sobre minha nuca
e os olhos se fecham por alguns segundos.
O chão é gelado, duro, mas deixa que dele faça meu berço,
berço de pensamentos loucos.
Agora que a fumaça já se foi, só resta o céu para admirar e
assim como meu pensamento o vento sopra por ai, sobre as folhas.
Na bananeira pequena e esguia o movimento é brusco
e que faz como que as enormes folhas se retalhem
e formem pedaços dos mais diferenciados.
Separadas elas não conseguem manter o equilíbrio
e nem por assim dizer, o meu também.
Detalhe, não há pedaços dela no chão.
A mangueira robusta e majestosa só balança
juntamente suas pequenas folhas, que
aclamam a mente daqueles que se sentem
inseguros e com medo.
Detalhe, suas folhas se desgarram
e ressoam no chão toda sua magnitude.
Seja bucolismo ou uma vontade imensa
de encontrar a paz, seja por meio dos ventos
que sopram harmonia ou o céu que me traz esperança
seja lá a fumaça inimiga dos meus olhos, ou pela conversa
incessante até não haver mais motivo, que se possa esquecer
só por um minuto o incessante medo de te perder.

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