segunda-feira, dezembro 17

Tukro

Deixe que de lá vejam.
Pelo nome só enxergará
Alguém que não existe.
Pelas paixões, Humor e etnia
Um pouco de si, jogado ao léu.
De lá todos o observam
E vos observa todos de lá.
Estranho ver fotos, conhece-los
Sem ao menos os tocar. Imagine
tal coisa, ou ao menos tentar.
Depor sobre tua vida
Teu amor e teu lar
Deixa teu vestígio sobre
Primaveras que se foram
E aquelas à começar.
De cara visitantes inesperados
Dos mais estranhos possíveis.
Aquele amigo do vizinho que
te viu a dois anos e que jamais
adentrara tua vida, teus planos.
São fãs, amigos, fotos e músicas.
Que fazem o teu ser no imaginário.
E o que é comum a todos lhe diz
exatamente o que queres.
E é o que queres, exatamente?
A sorte lhe beija a cada dia
Lhe diz vá em frente pois
Vencedor serás, passará
Por intempestivos dias por um
fio e mesmo disso ressurgirá.
Pense nas figuras mais belas?
Por lá todos são assim. Além
de ricos, inteligentes e astutos.
Fato social profissional e pessoal.
Regrados pra você e pra mim.
Rede de amigos contemporânea
Que não sai dos olhos e afins.
Toma todo um tempo e espaço
Que jamais tem fim. Agora deixe
que o vejam, só vale assim.

Nenhum comentário: