domingo, janeiro 13

Erros antigos.

Te digo assim, de coração
Eu não quero estragar a vida
daqueles que me rodeiam.
Eu não quero que você fale
a não ser consigo, sobre o que te digo.
Não me culpe, por favor.
Não me julgue, estou fraco.
Fraco e frágil o bastante, para
reconhecer os erros antigos.

Te digo assim, de coração, eu não sei
se te amo, ou se é tudo confusão.
Eu passei por poucas e boas,
e isso não foi em vão, hoje carrego
comigo o fardo de viver sem falar,
sem ao menos me libertar dessa dor.
Te digo assim, de coração.
Fraternal é o amor, que agora me julga
me depende de respostas das quais
nem ela queria ouvir, o estalo no peito
da nova informação foi estopim para uma
nova briga, vida em vão.
Tentei ao menos lhe contar, lhe dizer
mesmo por não querer falar.
Porque o que eu sinto aqui, não é o bastante
para falar, daquilo que eu nem sei se é o bastante.
Te digo assim, de coração.
Me sinto preso com isso tudo, e não mais penso
sobre tudo aquilo, aquilo tudo que hoje me prende.
Os erros antigos, me fizeram quem sou
quem acho que sou, e se te amo e te odeio
é por pura chance de me permitir a errar
novamente.

Te digo assim, de coração e com os olhos vermelhos.
Do choro, do álcool, aquilo que guardo aqui
que te conto sem saber, pois você a tempos
de mim distante estava, e quanto... quanto senti tua falta.
Você sempre da mesma forma, me diz
que tudo vai dar certo, e eu nem sei o que é certo.
Já perdi meus sentidos, só abraço forte o travesseiro
e cruzo minhas pernas que se atrofiam à cada segundo.
Meu coração gela, só de estar diante de ti assim.
Desligue a luz, meus olhos estão frágeis
e por favor, peça que eles saiam, não quero que ouçam.
Perdi mais uma vez a linha,
eu não sei mais por onde meu caminho vai.
Só a certeza de errar, e assim sossego.
Te juro, te rogo a cada dia. Incessantemente
pra amenizar, a dor, aqui dentro.
Te digo assim, de coração.
Desde que tudo aconteceu, não contei,
não remediei, por vezes falhei ao me calar
me abster, por ser criança, por ser pequena
de alma, de corpo e de vontade.
Fui fraca, consequentemente medrosa
e hoje, já se vê, o quanto eu obrigo a todos
à se afastar.

Te digo assim, de coração e me olhas
assim com essa cara, de que tenho
de ser forte. Se nem a força conheço.
A força que não brota em meu peito,
a força que não brota em meu pensamento.
A força para seguir, depois dos erros antigos.
A força que vem de ti agora, ao me falar sem
medo o quão devo seguir em paz, remediando
tudo aquilo que se foi e me tornando assim,
quem sabe alguém que busque, na verdade
na vida, e simplesmente nos erros, a conduta
a ser feita, a forma de seguir, seguir em frente.

Te digo assim, de coração e
desmedidamente em fúria ao encontrar
com o meu passado e através dele, fortalecer
aquele reflexo que enxergo, todos os dias
quando passo pelo espelho.
Reflexo que mente, estar contente.
Reflexo que não enxergo ao certo.
Reflexo inútil, que me persegue.
Reflexo que não quero para mim,
sem saber de quem se trata.

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