sexta-feira, janeiro 25

No cume

Agora sim, as vejo a me prender.
Lindas flores que me fazem perceber,
ao longo dessa subida, o que quis esquecer.
Mas aqui é tudo tão sublime, que não dá
nem para tocar, se vocês pudessem, o que
diriam a mim, que não querem me contar?
O ar, apesar de me faltar me fez pensar.
O oxigênio não passa sobre meus dutos,
mas mesmo assim, posso raciocinar.
Belas flores, me digam, só assim para
eu quem sabe, poder me calar.
Diante de tudo isso, o que esperar?
Se vocês me dizem que sim, lá é onde
estarei, apesar de longe estar.
Mas prefiro que se calem agora, já
consegui me responder, que o medo
me cegou e não há forma de me resolver.
A não ser descer até onde estava, até enfim
poder olhar-te lá de baixo e suspirar, sem sofrer.

Nenhum comentário: